Após vários dias de chuva intermitente, finalmente o sol havia conseguido transpor as nuvens e agora brilhava radiante no céu azul.
Mas nada disso importava para mim, que estava sentado numa sala climatizada defronte a um computador, batucando meus dedos franzinos num teclado amarelado.
Nisso, Putanheiro-mor, que trabalha na mesa ao lado, saca o telefone e disca um número.
Faz-se uma pausa enquanto ele aguarda que a pessoa do outro lado da linha o atenda.
- Ô, cara. Beleza? Então, vais fazer alguma coisa agora a tarde?
Imagino que o outro cara tenha respondido que "não".
- Não tais afim de pegar umas marrecas pra nois desossar? (sic)
Suponho que o outro cara tenha respondido que "sim".
- Beleza então - concluiu Putanheiro-Mor, desligando o telefone em seguida. Ele se levanta e fala pra mim: - Vou dar uma "saidinha" e já volto.
- Ok - respondo monossilabicamente, e antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, vi Putanheiro-mor saindo apressadamente pela porta.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Como desossar uma marreca
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