terça-feira, 2 de março de 2010

if this is life i'd rather die

juizado especial comarca de blumenauAgora que sou um ser miserável adevogado, tenho acompanhado umas audiências no Juizado Especial da Comarca de Blumenau, aquele ali ao lado da prefeitura.

Das poucas vezes que já fiquei ali nos corredores do Juizado mencionado, aguardando solitariamente o início das audiências, pude, mais uma vez, comprovar minha teoria de que estudantes de direito são os seres mais desprezíveis do planeta Terra. Parafraseando o brilhante Professor Mirabolante, "sem exceções, não há exceções".

Tal conclusão adveio da observação de alguns dos estagiários que lá laboram, notadamente daqueles que exercem seu munus em gabinetes de juiz, os famosos ratos de gabinete.

Só para citar como exemplo, há uma guria nesse Juizado Especial que, presumo eu, estagie no gabinete de determinado magistrado.

Ela é nova, imagino que esteja nos primeiros semestres, e até que é bonita. No entanto, a face jovem e pueril da moça é ofuscada por sua soberba.

Trata-se, em análise perfunctória, de uma pobre coitada que ganha a vida determinando a "citação de testemunhas" e a "intimação do executado para manifestar interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção", mas que desfila pelos corredores do juizado como se fosse a Gisele Bündchen do Judiciário Barriga-Verde.

Não obstante, lamentável foi ouvi-la encerrar uma conversa de cunho jurídico-filosófico com um baba ovo qualquer com a seguinte assertiva, que foi dita de forma que todos os presente pudessem ouvir e concluir como ela era a mais brilhante mente jurídica desde Aemilius Papinianus: "ai, eu vou ali fazer um despachinho e já volto"

Na hora que fui obrigado a ouvir isso, eu não sabia se ria com todas as minhas forças ou se metia um tiro na minha própria testa. Na dúvida, balanguei a cabeça em consternação, tamanha a pobreza espiritual que me cercava.

Mas enfim, quem sou eu para julgar os outros? Talvez ela nem seja uma pessoa tão ruim. Talvez ela só precise que alguém lhe alerte que os sofridos litigantes catarinense querem justiça célere e não desfiles de moda e falácias jurídico-processuais.

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