terça-feira, 28 de abril de 2009

Nana Gouvea download grátis

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Mesmo que uma discussão entre agentes penitenciários e presos se torne muito acalorada, no fim a opinião dos agentes sempre prevalece, conforme fica estampado no dorso dos dissidentes.

O motivo é que os agentes prisionais dispõe de um instrumento de convencimento muito contundente, e bota contundente nisso. Alguns o chamam de "liberdade", "salvo conduto" e até "direitos humanos". Mas, na verdade, ele é mais popularmente conhecido no meio prisional como "amansa louco".

Trata-se de um "pau roliço" de um metro e vinte de comprimento. O "amansa louco" entra em cena quando o bagulho fica "nervoso", a fim de apaziguar o ânimo dos detentos. Seu modus operandi é simples, podendo ser operado por qualquer pessoa dotada de braços. Da mesma forma, não é necessário ser muito musculoso, pois, uma vez em riste, o peso e o tamanho descomunal do "amansa louco", ajudados pela gravidade, se encarregam de por fim a discussão.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Jornal Metas



- André Dahmer

LHS tá de rataria pra cima de tu, mermão


Uma vez transitada em julgado a condenação criminal de um determinado sujeito, a execução da sua pena deverá observar os ditames da Lei 7.210 de 84, popularmente conhecida como LEP.

No art. 41 dessa lei estão relacionados os direitos do preso. Um deles é aquele do inciso VIII: "proteção contra qualquer forma de sensacionalismo".

Essa semana rolou uma operação pente fino lá no calabouço blumenauense. Até ai tudo bem. Mas veja que inusitado, essa operação, a revelia da lei, foi acompanhada por duas "emissoras de televisão", a TV Galega e a RIC Record. A cobertura foi ao vivo, com intervenção dos "repórteres" e entrevistas com os agentes prisionais. A imagem dos presos era veiculada em cadeia estadual sem o menor pudor. As mesmas cenas foram, então, reprisadas mais tarde nos programas "jornalísticos" de maior audiência dessas "emissoras".

Nem de longe sou uma das mentes jurídicas mais brilhantes de Gaspar, esse posto é ocupado, sucessivamente, por Macho Alfa e Fêmea Beta, ambos vice-juizes na Comarca de Witmarsum, mas me parece que geral cagou pro artigo 41, inciso VIII, da Lei de Execuções Penais. Por "geral", leia-se: Administração prisional + "mídia" local.

Se isso não é expor os presos a sensacionalismo, então eu não sei o que é.

Um outro direito dos presos que é contumazmente violado no cárcere da Europa Brasileira, é aquele do inciso VII, do mesmo artigo 41, consistente na prestação de assistência jurídica aos presos. Estima-se que dos cerca de 700 apenados, mais de 100 já façam jus a progressão para um regime de pena mais brando ou, até mesmo, a liberdade. Imagine só, tem gente lá que já cumpriu sua pena, mas continua presa, pois não tem "money" pra contratar um devogado. Pelo dispositivo legal em comento, caberia ao estado catarinense prestar assistência jurídica pra essa galera. Por mero capricho, nosso Governador não cumpre a lei, pois entende ser mais maneiro gastar o dinheiro do contribuinte catarinense no Bokarra Club.

Da mesma forma, nosso estado sequer possui algum tipo de sistema informatizado controlando o cumprimento das penas. Tal tarefa deve ser realizada manualmente, compulsando-se uma a uma as mais de 700 pastinhas do arquivo de apenados, a fim de se encontrar alguem que já possa ser solto. Tal tarefa é relegada a um agente prisional e dois estagiários.

O agente prisional, diante da falta de funcionário, tem que conciliar essa tarefa com escoltas diárias e operações de rotina junto aos presos. Os dois estagiários são voluntários. Vale ressaltar, também, que o estado de Santa Catarina é o único de nossa federação que não possui defensoria pública.

Porra, mas nem o dinheiro pro busão dos estiárgios voluntários? Não.

Indagado, nosso ilustre Governador Pudim de Cana admitiu parte da culpa, dizendo que gastou todo o dinheiro destinado a implantação da defensoria pública e a contratação de mais funcionários para o sistema prisional com uísque, energético e filmes de sacanagem. Mas afirmou que a culpa também é da falta de verbas, da crise internacional que minou a arrecadação de ICMS, da invasão alienígena em Roosevelt, et cetera.

Não restam dúvidas, é claro, que sempre há dinheiro em abundância para pagar o salário de R$ 16.000,00 + benesses de nossos deputados e a pensão vitalícia que Pudim de Cana fará jus após o fim de seu mandato.

No final, quem "paga o pato" são os presos que precisam ficar mais tempo na cadeia e serem chamados de "vagabundos" pelo Alexandre José. Como se um individuo que trabalha pro "bispo" Edir Macedo possa chamar alguem de bandido.

Mas enfim, vai ver essa foi mais uma daquelas leis que "não pegou".

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Freud explica


Sigmund Freud explica alguns de seus conceitos em Blogs do Além:

Abre aspas

Inveja do pênis.

Inveja do pênis é o que você sente quando vê a Angelina Jolie seminua. Você sente a maior inveja do pênis do Brad Pitt. E mais: fica com vontade de regredir naqueles melões e voltar à fase oral, grudando-se nos lábios carnudos dela – o que causa recalque profundo. A psicanálise pode ajudar a curar esse recalque em alguns anos. Mas a masturbação, sem ser mental, é mais eficiente.

Para divulgar esses conceitos, um amigo me recomendou uma agência de publicidade. Eles criaram o seguinte adesivo para carros: “Não inveje meu pênis: xaveque”.

(...)

Inconsciente.

Nosso corpo é como um carro flex movido por dois combustíveis: inconsciente e consciente. Em geral, o primeiro está mais barato, e a loja de conveniências do posto de abastecimento está sempre fechada.

(...)

Interpretação dos sonhos.

Quando você chegar à padoca, olhe para a cara dele. Se o creme estiver num amarelo homogêneo e o açúcar espalhado uniformemente pela superfície, pode levar que está novinho

Fecha aspas

Eu não me sento à mesa de Jezabel


Na última semana, essas foram as buscas mais bizarras no Google que vieram parar aqui:

- pessoas com sindrome do panico pode aposentar?

- ator porno marcio pitbull pelado

- fotos putaria gaspar s.c

- gasparenses peladas

- modelos de blusinhas para usar com pirceng de fora

- ninfetas de floripa fodendo no onibus

- preciso de um tcc pronto gratis

- silicone pago pelo governo

- empregador que mostrava o pinto

- carocinho no orgao genital

- colocação de protese de silicone nos seios qual o preço

- petição inicial dano moral cabeleireiro

- encoxada no culto evangelico

- quantos salarios minimo vale 42.000 cruzeiros em real?

- kid bengala fazendo mulher passar mau

- vagabundas videira orkut

- modelo de ação de indenização por danos morais e materiais contra empresa de tintura de cabelo

- andar de ônibus em miami

- aumento manual do penis gratis, sou pobre

- cruzeiro gai (sic) 2009 de miami

Mais uma vez, restam comprovadas minhas teses de que todos os visitantes deste blog estavam procurando por baixaria na internet e de que o homem médio crê que o Google é uma entidade divina.

Nesse mesmo sentido, eu preciso me lembrar de escrever mais sobre o rei Kid Bengala. Ele é disparado a "palavra chave" que mais atrai visitantes a este blog.

sábado, 18 de abril de 2009

Amilton Bueno de Carvalho para o STF



Veja só que notícia interessante me foi encaminhada por Srta. K.M., minha amásia e fundadora da ONG: Garantismo, Direito Humanos e Malas com 4 Rodinhas Multidirecionais Já!

Justiça do RS condena ladrão e determina que ele fique em casa por falta de prisão adequada

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou nesta quarta-feira (15) um homem por roubo a quatro anos e três meses de prisão em regime semiaberto, mas decidiu que ele ficará preso em casa enquanto não houver um estabelecimento penal com condições adequadas para o cumprimento da sentença.

De acordo com a decisão da 5ª Câmara Criminal, Rafael Santos de Jesus só irá ao presídio "quando for preservada a vida prisional de acordo com a lei [de Execução Penal]. Enquanto isso não for providenciado, o mandado de prisão ficará suspenso". Ele foi condenado por ter roubado um videogame, um aparelho de DVD, celulares e dinheiro.

A decisão dos desembargadores é baseada no argumento de que a "legalidade tem dois vieses: um que determina a prisão (contra o cidadão) e outro que protege o apenado", mas "se condenam pessoas a pena de prisão (para prejudicar) mas no momento em que se deve beneficiá-las (condições prisionais), nega-se a legalidade".

Acerca do argumento de que o Estado não tem dinheiro para executar as penas de acordo com a lei, os desembargadores respondem que há verba, o problema é uma "questão de prioridade".

A decisão estabelece que "o condenado somente será recolhido a estabelecimento prisional que atenda rigorosamente aos requisitos impostos pela legalidade". No artigo 85 da lei citada, o estabelecimento penal deve ter "lotação compatível com a sua estrutura e finalidade".

Em seu voto, o desembargador Amilton Bueno de Carvalho, relator do caso, chega a citar uma matéria da Folha Online sobre uma determinação do Estado da Califórnia (EUA), que deve libertar cerca de um terço de seus 170 mil presos nos próximos três anos para evitar a superlotação e melhorar as condições carcerárias.

Presídios

Em outra decisão, o juiz Sidinei José Bruzska, responsável pela fiscalização dos presídios do Estado, interditou um pavilhão do presídio central de Porto Alegre até que sejam "obedecidas as condições previstas no artigo 88 da Lei de Execuções Penais".

De acordo com a artigo, o condenado deve ser alojado em cela individual --com área mínima de 6m§§2§§-- que contém dormitório, aparelho sanitário e lavatório, além de luminosidade e ventilação adequadas.


16/04/2009 - 11h40

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br(...)

Vou ver se consigo esse "acordão".

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Horário do Vermelhinho - Blumenau

Lá em Blumenau, além dos ônibus normais sem ar-condicionado, existem uns ônibus menores de cor vermelha, cuja passagem custa R$ 2,90. Mencionado busão oferece ar-condicionado, trajetos mais rápidos e pode parar em qualquer lugar para "desovar" passageiros.

O povo chama de "vermelhinho", o Consórcio Não Me Siga, "Para Todos".

"Para Todos"? Pelo preço praticado, o nome certo deveria ser "Para Todos Que Tem Muito Dinheiro"...

Restaurante e Confraria do Tio Leco

Diante dessa minha nova rotina de estudo e trabalho na Metrópole, tenho almoçado todos os dias em Blumenau mesmo.

Por mais que eu gostaria de poder "rangar" no Ataliba todos os dias, minha condição de rapaz oriundo dos estratos mais baixos da sociedade gasparense, assim não me permite.

Desta forma, fui obrigado a encontrar uma alternativa viável, um lugar que fosse barato, mas que também reunisse condições mínimas de salubridade e assepsia.

Após exaustiva procura, quando eu menos esperava, numa ruazinha que liga a XV de Novembro a Curt Hering, encontrei a solução: Restaurante e Confraria do Tio Leco.

O bagulho é maneiro. O Buffet livre + uma cocazinha de 200 ml custa 6 mangos. O rango é mó arregado, tem todas as paradas normais de um buffet livre, mas tu só pode pegar dois pedaços de carne. Todavia, o primeiro refri é "de grátis". E depois também rola uma sobremesa na faixa, com direito a sagu, espuma de sapo e torta de bolacha. Doido!

Mas não pense você que se trata de um boteco xexelento. Não! O Restaurante e Confraria do Tio Leco tem três andares e fica localizado no centro de Blumenau, numa ruazinha do lado do Shopping H.

No primeiro andar rola o buffet executivo, que custa R$ 8,50 e é frequentado por pessoas "loiras de olhos azuis".

Na real, eu nunca comi no primeiro andar, eu sempre vou direito pro segundo, pois é onde o "bicho pega". Lá é servido o buffet dito"econômico", o qual já descrevi há alguns parágrafos atrás. E o terceiro andar é só de mesas pra galera sentar, caso o segundo andar já esteja cheio, o que acontece all the time.

E agora preste atenção nesta promoção imperdível: se você for no Tio Leco nos próximos 15 minutos e disser que leu este post na internet, você e mais 4 amigos poderão almoçar no buffet "econômico" por apenas R$ 30,00. Isso mesmo, você e mais 4 amigos almoçando no Tio Leco por apenas R$ 30,00! E não é só isso, se você for nesse exato instante, você e seus amigos ganharão o primeiro refrigerante de graça! Mas atenção, essa promoção é por tempo limitado, então aproveite e corra para o Tio Leco com mais 4 amigos agora mesmo!

Download grátis da adaptação cinematrográfica de "Triângulo no Ponto" de Eros Grau


Notícia publicada no saíte do Estadão há uns dias atrás:

SALVADOR - O juiz da 4ª Vara Cível de Salvador, Manuel Bahia, determinou hoje que a TV Aratu, retransmissora da rede SBT na Bahia, tire do ar, temporariamente, o programa Na Mira. A decisão acata pedido do Ministério Público do Estado, que ingressou com uma ação por considerar a atração uma "execração pública, com xingamentos de pessoas suspeitas, processadas ou condenadas pela prática de algum crime", na qual são mostradas cenas de "extrema violência". A emissora fica temporariamente proibida de exibir o programa enquanto ele não for "amoldado aos dispositivos legais do nosso ordenamento jurídico".

Caso a determinação seja descumprida, a pena é de multa diária de R$ 10 mil. "Vislumbra-se (na atração) quadros chocantes, pavorosos, tétricos, macabros e dantesco", justifica o juiz. No entanto, ele nega que a medida seja censura. "(A proibição) Não constitui ato de censura retrógrado ou interferência na liberdade de comunicação e expressão, próprio das ditaduras ultrapassadas."

O Na Mira é definido pela TV Aratu como um "noticiário policial com matérias exclusivas e investigativas, mostrando matérias de violência, polícia, segurança pública, sempre mantendo a credibilidade". A emissora também afirma que a atração "investe numa linha popular que aproxima o programa da realidade vivida nas ruas de Salvador". A TV Aratu ainda não se pronunciou sobre a decisão judicial.


Fonte: http://www.estadao.com.br(...)

Duas considerações com relação a essa notícia:

1) Caso o filho de algum empresário da região viesse a ser enjaulado pela prática de um crime qualquer, eu me pergunto se aquele tal de Alexandre José, paladino da justiça local, chamaria-o de "vagabundo" e incitaria a cólera de populares no seu programazinho policialesco.

2) É uma pena que o Ministério Público local, em questões que não envolvam a persecução penal de paranaenses pela prática de crimes contra o patrimônio, esteja em eterno estado de dormência.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lei nº 10.741 (Estatuto do Idoso)

Agora que estou morando no Bela e trabalhando nos confins do bairro Velha, já não ando mais de Verde Vale.

Tem se mostrado mais financeiramente viável utilizar exclusivamente os serviços do Consórcio Não Me Siga.

Com relação aos ônibus do consórcio mencionado, há uns bagulhos que me causam profunda indignação, quais sejam, a infinita maioria dos assentos são destinados ao uso exclusivo por velhos, gestantes, lactantes, leprosos, viados, comunistas, paranaenses, índios e daltônicos. Esses assentos, ditos "preferencias", são de cor vermelha para contrastar com uns poucos assentos de cor cinza destinados ao uso dos demais passageiros.

Ocorre que, em não havendo velhos, gestantes, lactantes, leprosos, viados, comunistas, paranaenses, índios ou daltônicos no busão, o uso dos assentos preferenciais é livre. O que é muito difícil, pois duvido que exista outro sistema de transporte coletivo no Brasil com tantos velhos e malucos.

Mas enfim, se na rara hipótese da confluência desses dois fatores, assentos preferenciais livre + ausência de velhos no latão, você resolver se sentar em um assentos vermelinho, BAM!, na mesma hora brota um velho do teu lado e se tu não levantar logo ele senta no teu colo. E é claro que, mesmo após se levantar voluntariamente, você não ouvira um cordial "Muito obrigado pela gentileza, moço" dessas pessoas cujo único objetivo é a dominação completa do sistema de transporte coletivo blumenauense, bem como a subjugação dos demais passageiros. Isso sem contar que eles já andam "de grátis".

E ainda tem uma outra parada foda, que é quando tu tá sentando, não importando a cor do assento, e fica um velho em pé parado do teu lado, pois não há outros assentos disponíveis.

- "o senhor gostaria de se sentar?"

- "não, obrigado."

Porra, tu oferece o lugar pro cara e ele se nega. Dai fica todo mundo te olhando ameaçadoramente, achando que tu viu o velho, mas mesmo assim não ofereceu o assento pra ele. É foda.

Vale mencionar também que, como o Consórcio Não Me Siga não ganha muito dinheiro com o monopólio que eles detêm desde a invenção da roda, não existem ônibus com ar-condicionado em Blumenau, ao contrário dos ônibus da Verde Vale que, apesar de ser uma empresa igualmente maligna, pelo menos promove viagens não tão insalubres.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Daslu Online

Essa semana, mais um jovem rapaz pardo passou a usufruir das instalações do ergastulum blumenauense.

A infração cometida? Desarmado, mas se utilizando de destreza, o investigado adentrou em uma residência e furtou para si uma caixa de cerveja e sete vidros de esmalte usados. Já de posse da res furtiva, o delinqüente evadiu-se do local.


Ainda pelas redondezas, mal ele havia terminado de consumir as cervejas surrupiadas, foi garfado e enjaulado pelos "homi da lei".

Pelas minhas contas, considerando que uma caixa de cerveja lata custe uns 15 reais e um vidro de esmalte NOVO, uns 2 reais, o valor total da mercadoria furtada é de uns 29 reais.

O pobre rapaz continua preso.

E a dona da Daslu, aquela que deve pro fisco quase 700 milhões de reais, essa tá aguardando julgamento em liberdade.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O caso de MacGyver, o agente secreto


Seu Jaime conta que, quando ele ainda era chefe de segurança, um preso que havia acabado de chegar ao ergastulum lhe foi encaminhado para preenchimento do seu cadastro no sistema computadorizado.

O preenchimento se dá durante uma entrevista que o chefe de segurança faz com o novo preso, na qual ele pergunta coisas como o nome, alcunhas, profissão, escolaridade, crime praticado, endereço, entre outros dados importantes do cara.

Dai tá, a entrevista ia se desenrolando e o seu Jaime ia jogando os dados no sistema.

Em dado momento:

- "Tu tem alguma alcunha?"
- "Alcunha?"
- "É, algum apelido ou algo assim."
- "Ah, o pessoal costuma me chamar de MacGyver."
- "MacGyver?! Porquê?"
- "Ah, porque em 1985 eu consertei uma TV de plasma com um canivete."
- "Em 1985 tu consertou uma TV de plasma com um canivete?!"
- "É..."
- "Tá, sei. E qual é tua profissão?"
- "Agente secreto."
- "Agente secreto?!"
- "É, espião da policia federal, mas como eu tava desempregado, eu andava fazendo uns bicos de jardineiro."

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Teste da farinha "no more"


Estou aproveitando a oportunidade de trabalhar no ergastulum de Blumenau para elucidar alguns mitos relacionados a estabelecimentos prisionais.

Um dos mitos que eu mais tinha curiosidade em saber se era verdade, era aquele que, segundo dizem, quando um cara novo chega no presídio, os demais detentos fazem fila para enraba-lo.

Minha curiosidade foi atiçada pelo fato d'eu ser um rapaz de baixa renda, desabrigado, morando de favor e que irá se formar nos próximos meses, não possuindo nenhuma perspectiva de conseguir algum emprego maneiro tão cedo.

Assim, é bem provável que, uma vez formado, eu vá me dedicar a praticas tidas como criminosas, a fim de garantir meu sustento. Mas não sem antes saber se o mito supra-mencionado é verdadeiro ou não, pois não desejo macular minhas pregas.

Por sorte, trabalho com um cara que é agente prisional a dezenas de anos, o seu Jaime.

- "Ô, seu Jaime, é real que quando entra um moleque novo no presídio, os presos sodomizam despudoradamente o redondo dele?"
- "Não necessariamente. Você só será enrabado impiedosamente pelos demais apenados em duas situações."
- "Quais situações, seu Jaime?"
- "Se você tiver cara de viado ou se você já chegar no presídio 'pagando de zóio' pra cima dos outros presos."
- "'Pagando de zóio'?"
- "É. Já chegar se achando, pagando uma de bacana. Preso novo tem que ficar de cabeça baixa e só se dirigir aos demais presos com 'sim, senhor' e 'não, senhor'. Se você fizer isso, seu brioco não será importunado pelos demais detentos."

Bem, viado eu não sou. Da mesma forma, sou um rapaz muito educado e respeitador, então quero acreditar que, caso venha a ser preso, minhas pregas manter-se-ão intactas durante todo o cumprimento da minha pena...

PS: Caso haja alguma curiosidade de cadeia que você gostaria de ver elucidada pelo seu Jaime, é só deixar nos comentários.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Caso de Urso e Sua Máquina Verde Sem Fio


Reza a lenda que, há muito tempo atrás, em determinado estabelecimento prisional da Santa & Bela, um rapazinho foi garfado pelos "homi da lei". Era um daqueles rapazes caucasianos, magros e felizes que só se vêem em propagandas de pasta de dente. Ele fora criado no seio da burguesia blumenauense. Sua cabeça era adornada por uma linda, longa e sedosa cabeleira loira estilo surfista, surfista daqueles que nunca pegaram uma onda na vida.

Sob a égide da antiga lei "das droga" (6.368/76), nosso jovem burgues de cabeleira loira foi pego traficando cigarrinhos do capeta para outros burguesinhos. Preso em flagrante delito, nosso rapazote foi encaminhando para o ergástulo competente. Lá, foi levado até o chefe de segurança do presídio. O objetivo era preencher a ficha do moleque.

- "Qual o teu nome?", o agente penitenciário perguntou.
- "Não te interessa!", respondeu o burguesinho.
- "Fostes preso pela prática de qual crime?", continuou o agente.
- "Vai perguntar pro meu advogado!", respondeu insolentemente o rapaz.
- "Urso, vem aqui agora!", berrou o agente puto-da-cara.

Tamanho era o porte físico de Urso, que ele se assemelhava a um urso da montanha propriamente dito. Ele era um preso regalia responsável pelo corte de cabelo dos detentos. Sua ferramenta de trabalho era uma máquina de cortar cabelo preta, novinha, recém comprada para substituir uma antiga maquina verde, que perderá o "fio" de tal forma, que já não tinha mais como ser amolada e havia sido esquecida em um armário da sala do chefe de segurança.

- "Que foi, seu Jaime?", perguntou Urso afoito.
- "Ele judiou de mim", respondeu o agente apontando pro burguesinho.
- "Cadê a máquina verde, seu Jaime?!", perguntou Urso com ódio nos olhos.

O agente aponta para um armário lá no fundo de sua sala como resposta. Urso vai até o armário e saca a temida máquina verde aposentada pela falta de corte.

- "O senhor dá uma licencinha pra mim", pediu Urso com a máquina em riste.

Seu Jaime assenti com a cabeça, se levanta da cadeira e sai fechando a porta, deixando Urso a sós com sua vítima.

O que se assucedeu lá dentro ninguém sabe. O que se diz, é que algumas semanas depois o garoto foi solto e nunca mais foi importunado pelas "otoridades". Mas dizem também, que depois de enfrentar a fúria de Urso e sua máquina verde sem fio, o couro cabeludo do rapaz nunca mais foi o mesmo.

Download grátis de "A Bela e o Prisioneiro"


Algumas considerações mais ou menos rápidas:

- No dia 4 de abril, um cara foi preso ali no ergástulo blumenauense por ter, sob efeito da cachaça, atropelado uma senhora enquanto realizava um racha com seus coleguinhas da sociedade burguesa.

Três dias depois, no dia 7 de abril, veio uma "foia" lá do Fórum nos informando que deveríamos libertá-lo, para que ele pudesse aguardar a instrução processual no conforto de sua residência.

É que o seu dotô Juiz acatou o pedido de liberdade provisória formulado pelo seu dotô devogado, por entender que o rapaz era uma pessoa de bem, muito gente boa, com residência fixa e profissão lícita, conforme a lei lhe permitia.

Enquanto isso, na sala da (in)justiça, Gigi, coitada, continua sentadinha na sua jaulinha sendo enrabada, em eterno movimento de vai-e-vem, pela cabeçuda Piroca Estatal.

O erro de Gigi foi cometer um delito terrível, muito mais grave que matar pessoas inocentes ou lesar o erário em 10 milhões de reais. O crime de Gigi foi tentar, sem sucesso, furtar umas roupinhas da moda, crime que, a meu ver, deveria ser considerado hediondo, tamanha a futilidade da motivação do agente. E digo mais, uma vez condenada, Gigi deveria ter que cumprir sua pena em regime integralmente fechado, sem direito a progressão. Isso sim iria ensiná-la uma bela lição.

- Vo ti dize pra ti, o que tem de preso que conseguiu saída temporária pra Pascoá é coisa de louco. Tem galeria em que mais da metade dos detentos teve o benefício deferido. A elite local, por sua vez, nem imagina que seus palacetes de mármore estarão menos seguros pelos próximos sete dias.

- Ontem, pela primeira vez, entrei numa das galerias femininas pra pegar uma assinatura da Gigi. Infelizmente, as presas em nada se parecem com aquelas das fantasias eróticas. Pra piorar, a maioria aparenta preferir "colar o velcro", ao invés do bom e velho "papai-e-mamãe", como deus gostaria. Tinha uma, inclusive, que era mó sinistrona. Ela tinha a cabeça raspada, piercing no nariz e um monte de tatuagens. Numa, que ficava no joelho peludo, podia-se ler "Jesus é bom e é fiel", em outra, que ficava na região posterior do antebraço, "Fernanda, eu te amo."

Como diria Monk, o cancioneiro gasparense, em uma de suas trovas de maior sucesso: "Tu és uma vagabunda chupadeira. Teu negócio não é homem, teu negócio é mulher. Teu negócio é CHUPAR!"

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ladrão que rouba ladrão...


Uma vez, há muito tempo atrás, eu li um caputzinho de um artigozinho numa leizinha lá, aquela promulgada em 88 pelo Carlos Magno e que acabou recebendo nome em sua homenagem, a Carta Magna. Eu sei que essa "lei", como tantas outras, "não pegou", mas, de vez em quando e por nenhum motivo aparente, esse caputzinho me vem a mente. A redação dele, se não me engano, era mais ou menos assim:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza bla-bla-bla".

Com base nisso, lembro-me, também, que os especialistas diziam coisas como: "Se no mundo real não somos iguais, no mundo do Direito nos fazemos iguais", entre outros bagulhos cheios de palavras maneiras, daquelas que só se vêem no dicionário.

Mas enfim, é sabido da população em geral que aquele cidadão proprietário das lojas Havan foi condenado a mais de 13 anos de jaula por remessa ilegal de dinheiro ao exterior, lavagem de dinheiro e crimes contra a seguridade social. Só nos crimes contra a seguridade social, o valor sonegado chega a 10 milhões de pratas, relativo a contribuições previdenciárias de seus funcionários.

Todavia, mencionado sujeito não encontra-se preso, nem nunca esteve. Nem durante, nem depois da condenação. Nada contra, é claro, pois o cara só se valeu das garantias e instrumentos que a legislação lhe assegura.

Ocorre que ontem, no que parecia ser só mais um dia ordinário de trabalho, chegou a carceragem do presídio uma senhora de nome Gigiane, mais conhecida como Gigi. Pobre Gigi, mais cedo naquele mesmo dia, imbuída de animus furandi adentrou a loja Havan do Chopis Moinarket, não tendo obtido exito no seu intento criminoso apenas porque garfada em fragranti delitu pela segurança da loja. Gigi até tentou empreender fuga, mas não foi páreo para o sentimento de justiça de seus truculentos algozes.

Confeccionado o auto de prisão em flagrante, a fim de salvaguardar a segurança pública contra essa perigosa criminosa, o Seu Dotô Delegado e o Seu Dotô Juiz já mandaram ela pro xilindró, antes mesmo de qualquer processo. Pobre Gigi, ninguém impetrou um habeas corpus em seu favor, nem mesmo um pedidozinho de liberdade provisória, nada.

Segundo os especialistas, o direito penal visa a proteger os bens jurídicos fundamentais. Talvez, então, o delito de Gigi, crime contra a propriedade privada, fere um bem jurídico mais valioso do que um rombo de 10 milhões de reais no erário, merecendo, assim, uma punição muito mais pesada.

A única coisa que me conforta, é saber que, uma vez cumprida sua pena, Gigi retornará ao convívio social como uma nova mulher, ressocializada e reeducada pelo nosso sistema prisional...

E o dono da Havan? Ah, esse deve tá deitado em sua hidromassagem, localizada na cobertura de um belo edifício a beira-mar em Balneário Camboriú, bebendo champanhe e comendo belas mulheres com tetas de plásticos.

Dono da Havan condenado por lavagem de grana
Mantida condenação de diretor da Havan
Dono da Havan condenado por crime financeiro e lavagem de dinheiro

sábado, 4 de abril de 2009

Download Grátis Bruna Surfistinha


Nada como uma mulher vaidosa para despertar em um homem os mais primitivos instintos. Os cheiros e jeitos de uma bela mulher atiçam sonhos e fantasias na mente de um rapaz sexualmente apto. E é através de pequenos, porém freqüentes, hábitos de vaidade, que as mulheres perpetuam, desde os primórdios da sociedade, a ditadura das belas.

Todavia, existe uma prática comum entre determinado grupo de mulheres, que, eu, penso inadequada.

A prática a que me refiro, é o descolorimento químico dos pêlos do braço praticado por moças de braços muito peludos. Mencionada prática consiste na aplicação de um agente químico, popularmente conhecido como "blondor", na região dos antebraços e, em casos mais extremos, estendendo-se a aplicação até os cotovelos. O que a moça objetiva é, como já dito, o descolorimento de seus pêlos, a fim de torná-los menos aparentes aos olhos de terceiros. Aplicado o produto, aguardam-se alguns minutos e, voilà, os pêlos da região posterior do braço adquirem um coloração amarelo ouro, camuflando-os no meio da pele alva.

Muito embora tal técnica atinja resultado satisfatório quando aplicado em braços femininos de penugem esparsa, o problema reside em garotas com braços à la Tony Ramos. Pois, ao invés de camuflar o pêlo, o descolorimento com utilização do produto "blondor" acaba tornando-os mais aparentes a vista da galera. Ao invés, de torná-los invisíveis contra a pele, o que se acaba obtendo são pêlos com aparência amarelada, contrastando, em muito, com o tom médio da cútis.

Em terras gasparenses, o exemplo clássico é aquela menina apelida pelos populares de Cú-de-Urso. Pobre menina. Para seu infortúnio, ainda no ventre de sua mãe, quando da geração de seu genis pêludius, nome científico para o gene responsável pelos pêlos corporais, a mãe natureza foi por demais generosa e brindo-a com um pelame de proporções inimagináveis.

Assim, numa desesperada tentativa de atiçar a lascívia dos gasparenses do sexo oposto, Cú-de-Urso entrou em um caminho sem volta e passou a dourar seus pêlos do braço com produtos químicos de procedência duvidosa. Sem nenhum sucesso, é claro. Já que, ao invés de atrair olhares de simpatia e tensão sexual, Cú-de-Urso passou a ser motivo de chacotas e patifaria. E, antes mesmo que ela pudesse reagir, começaram a chamá-la de Cú-de-Urso, estigma que ela carrega até hoje, muitos anos depois.

Enquanto formador de opinião gasparense, é minha obrigação alertar as jovens gasparenses sobre esse mal que vem, silenciosamente, ceifando tantos sonhos em nosso amado município. Ademais, diante da credibilidade que gozo junto a meus conterrâneos, eu suplico a vocês, minhas caras leitoras de braços peludos, que ponderem outras técnicas antes de adotar o descolorimento químico de pêlos.

Obrigado pela atenção.

Professor Mirabolante Reloaded


Esses dias eu tava de bobeira lá na Faculdade URBanizadora, acompanhado de minha amásia Srta. K.M. e de meu colega Roxo-Grande. Conversávamos distraidamente sobre o caráter dicotômico da natureza jurídica do direito do trabalho. Foi quando eu o vi, assim, meio de relance, vindo pelo corredor.

Era o Professor Mirabolante! Como eu estava de bobeira mesmo, falei pra Srta. K.M. e Roxo-Grande: "caralho, eu tenho que entrar de penetra e assistir uma aula do professor mirabolante". Srta. K.M. me repreendeu, disse que isso era uma sandice, que eu poderia ser pego. Roxo-Grande desejou que eu fosse flagrado e desmascarado pelo professor na frente de toda a turma. Mesmo assim, não hesitei. Era uma chance única de conseguir mais umas pérolas do Professor Mirabolante, uma das séries de maior sucesso deste blog.

Corri e fui olhar aonde ele ia dar a próxima aula. Um pouco antes das 20:30, me dirigi a uma pequenina sala do 4º semestre no bloco G. Sentei-me no meio daqueles garotos me sentido um ancião. Olhando aqueles rostos, lembrei-me dos meus tempos de 4º semestre, quando eu ainda era um jovem cheio de sonhos e ideais, eu tinha toda uma vida pela frente. Atualmente, no 11º semestre, tornei-me um velho amargurado e desgostoso com a vida.

Mas enfim, a aula deveria começar às 20:30. Professor Mirabolante chegou em sala às dez para as nove. Ele entrou, cumprimentou a todo, fez a chamada e iniciou uma explanação sobre "jornada de trabalho".

Eis aqui as pérolas que consegui extrair de seus ensinamentos naquele dia:

- Eu posso afirmar, com certeza, que o direito do trabalho e o direito processual do trabalho abarcam todos os outros ramos do direito, sem exceções. Não há exceções.

- Guria X perguntou algo sobre o princípio do "livre convencimento do juiz". "É um princípio terrível!", declarou enfaticamente Professor Mirabolante.

- Se você quiser lembrar ou anotar isso, talvez seja interessante. Eu já vi muito acadêmico não passar na segunda fase da prova da OAB, quando a questão era "Disserte sobre o caráter normativo do direito do trabalho". E ai é: ou estudou ou não estudou.

- Guria X lê um conceito doutrinário sobre determinado instituto do direito do trabalho. "Não é tão fácil assim tentar entender o que ele está tentando dizer", afirmou Professor Mirabolante.

- Quem quiser ver um principio que protege os trabalhadores agora, abra sua CLT no artigo X!

- Se você quer ser um advogado trabalhista, ou você entra na arena preparado ou já entra nocauteado.

- Esse principio eu vou explicar a exaustão amanhã.

- Quem tem notebook e toda a parafernália eletrônica pode trazer amanhã.

- Gente, no final do semestre você vai ter toda a matéria de direito processual do trabalho que eu vou distribuir em PDF. Manda encadernar que você vai precisar!

- Bolo com coca diet (pausa) É O MÁXIMO!

- Tá no inciso treze. O treze é aquele do xis com três coisinhas (XIII).

- "Guria X, o que é revogação?", perguntou Professor Mirabolante. "Ah, revogação é quando você tira o poder de um advogado", respondeu guria X. (Não é uma pérola do Professor Mirabolante, mas sim de uma aluna dele).

- Alguns autores utilizam a expressão "revogação tácita", mas eu não gosto, é muito esquisitinha, muito cheia de coisinha.

- Hoje nós vamos encerrar a aula as nove horas, quarenta e três minutos e cinqüenta e seis segundos. É possível?

- Foi a única matéria que eu quase reprovei em toda a minha existência: desenho.

- Tem vários bancários que eu conheço que dão uma escapadinha, dão uma saidinha e vão comer um X-Mico. "X-Mico?", uma aluna pergunta. Ninguém aqui conhece X-Mico? É pão com banana, gente. É comida de estudante.

- Quando eu movo uma ação trabalhista contra uma empresa, eu pleiteio minuto por minuto. Não é uma boa?

- Isso é fraude, falsidade ideológica, dá demissão por justa causa. Eu já mandei vários embora por causa disso.

- (...) e você acha que os advogados trabalhistas vivem do que? Eles vivem disso!

- (...) mas a empresa pode proibir o funcionário de fazer hora extra. Eu proíbo!

- Eu me meti numa confusão, por que eu impugnei o sistema de cartão ponto do Bradesco. E fomos para perícia provar que o sistema de controle de ponto do Bradesco é fraudulento. Meu cliente levou todas as horas extras.

- Quem aqui conhece Pitanga? Fica logo ali do lado do Bailão Cabeleira.

- (...) aquela do vestidinho trabalhava no Wiskeria Amor Eterno. Quem já foi pra Brusque, já passou na frente da Wiskeria Amor Eterno.

- Tempo parcial do artigo 58 eu vou pular. Isso é uma lei que não pegou.

- Grifem o artigo 59 inteirinho, todos os seus parágrafos e incisos. Botem quatro flechas vermelhas cintilantes e depois faça uma estrelinha do lado. Esse artigo precisa ser memorizado.

- Acordo Coletivo de Âmbito Nacional. É chique isso. Anotem pra depois não dizer que eu não falei, gurizada.

- Vou lhe dar um terço e meio de um ponto por isso.

- Vocês já viram como fica o pulmão de um professor com pneumoconiose? Fica engessado.

- Isso é realidade, gente. Não é ficção jurídica.

- Eu estive num congresso em São Paulo onde o único sujeito que defendia a mesma tese que eu, era meu falecido amigo Valentin Carrion. Desde que ele morreu, ainda não conheci outro que também defenda essa tese. (Valentin Carrion é um falecido, mas muito famoso doutrinador do direito do trabalho, um dos mais famosos, eu diria. Professor Mirabolante, por sua vez, insiste em dizer que era amigo dele. É a mesma coisa que um professor do curso de ciências da computação da F-URB dizer que é amigo do Linus Torvalds.)

- Isso aqui abarca o universo, milhares de pessoas.

- Se fosse pra ficar aqui só lendo a CLT, eu ficava em casa com meu Playstation 3. "Ah, que chique, professor", uma aluna diz. E nem é por causa dos jogos, mas sim por causa dos filmes. Filme em Blu-Ray é outra coisa.

- Eu escrevi um artigo sobre isso que foi publicado no pais inteiro. Só eu e o Valentin Carrion defendíamos essa tese. Era eu e o Valentin no meio de 500. O Valentin morreu e só ficou eu.

- Muitas vezes saio as 2, 3 horas da manhã do meu escritório.

- Final-de-semana passado foi o sexto final-de-semana seguido em que eu trabalhei no sábado e no domingo.

- No que eu me formei, eu já comecei a advogar. E eu me formei com 22 anos. (...), quando eu atendi meu primeiro cliente ele falou "o senhor é advogado? Mas como o senhor é novo". Eu fui um bom acadêmico.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cara sinistro da zona sul


Enquanto amante do ócio e da boa via, desde meu glorioso retorno ao Brasil, em meados de março, com a carteira recheada de dolares fresquinhos pude desfrutar das maravilhas do litoral catarinense, de magníficos banquetes e festas de vultosa opulência, sempre, é claro, cercado de inúmeras mulheres em trajes de banho.

No entanto, aos poucos meus valiosos dolares foram se esvaindo, as refeições foram ficando cada vez mais mirradas, as festas cada vez menos freqüentes e as mulheres em trajes de banho, assim como o verão, foram embora sem dizer adeus.

Desta forma, fui obrigado a encontrar nova atividade remunerada, a fim de manter o estilo de vida bon vivant, estilo de vida sob o qual tenho vivido desde a mais tenra idade.

Todavia, tal situação me colocou diante de um dilema: Quem sabe posso voltar a laborar no Fórum da Comarca de Witmarsum? Pouco provável. Depois de 40 anos como escravo do judiciário da Santa & Bela, qualquer vontade de trabalhar em Fórum de (in)Justiça foi pro barro. Quem sabe, então, ir trabalhar em um pomposo escritório de advocacia, juntamente com os piores espécimes do curso de Direito? Não, obrigado. Conviver, em sala de aula, quatro horas por dia com esses idiotas já é o suficiente para mim. Quem sabe, talvez, ir atuar em filmes de conjunção carnal simulada, tal qual Kid Bengala e Carlos Bazuca. Infelizmente a mãe natureza e a genética não me propiciaram as ferramentas necessárias para exercer tal ofício com maestria. Restou-me, assim, aceitar uma super proposta maneira de ir trabalhar no Blesydiu Hejionau de Prumenal!

Não é uma parada glamourosa como trabalhar junto a nobreza do judiciário ou com advogados cheios de pose, em ambientes aveludados e climatizados. Na cadeia o bagulhos é punk, mermão, mas é legal. Minha função, em apertada síntese, é fazer as vezes de advogado dos presos que não dispõe de recursos financeiros para contratar um desses advogados bacanas, desses que usam gravatas vermelhas com detalhes em relevo e dirigem carros importados.

Mais especificamente, eu fico fazendo os pedidos de progressão de regime, saídas temporárias, livramento condicional, entre outras paradas do tipo para os presos.

Um dos poucos aspectos lamentáveis ali no Blesydiu de Prumenal, é verificar, in loco, o total descaso por parte do governo estadual, a quem incumbe manter a parada. Veja que o blesydiu tem 180 vagas e, pasmem, quase 800 presos! Fora isso, só há 400 camas no ergastulo inteiro. E a galera que lá trabalha, tava me contando que esses dias acabou o papel A4, ou seja, nem as petições pros presos deu pra fazer por um tempo.

É claro que o suprimento de cachaça e água mineral para nosso Governador Jabba The Hut Pudim-de-Cana nunca é interrompido. Mas enfim, quem se importa...

Só o sinistro de trabalhar lá, é que as vezes rola uns negócio do mal. Por exemplo: Antes de ontem um cara de Pomerode conseguiu fugir e, ontem, os agentes carcerários acharam numa cela três celulares e um tijolo de erva "cidreira". E nesse mesmo dia, eles também descobriram que os presos estavam armazenando água e comida nas paredes. Segundo o pessoal do blesydiu, isso significa que eles estão planejando, en preve, uma rebelião. Já que, quando rola rebelião, a primeira coisa que se corta é a água e a comida dos presos. Sinistro.

Mas, como eu disse, é bacana trabalhar lá, e, caso eu fique sabendo de mais algum bagulho quente, compartilharei com meus caros leitores...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

as mais safadas de gaspar


Os leitores deste blog sabem que, diariamente, fico várias horas analisando os relatório fornecidos pelo Google Analytics sobre meus visitante. Quem são? De onde vem? E, o mais importante, que palavras-chaves eles usam no Gugli?

A cada novo relatório sou confrontado com a perversidão e sodomia de meus leitores. Fato que torna ainda mais concreta a minha teoria de que, 99% dos indivíduos que visitam este blog, estavam procurando por putaria na World Porn Web.

Eis alguns exemplos extraídos do relatório da última semana:

- atos libidinosos e cicatriz anal

- cirurgias pelo sus aumento de penis

- o sus faz aumento do penis gratuito

- como entrar na listagem de aumento peniano pelo sus

- fotos penis operados

- baixar diabas catarinenses

- cachorrinhos que nasce com defeito nas penia (sic)

- fotos do piru (sic) de kid bengala

- protese de silicone pelo sus

- onde fazer cirurgia de protese de seios pelo sus

- tem como por protese de silicone nos seios pelo sus?

- jurisprudência erro médico próteses de silicone

- qual o significado do nome mail delivery subsystem na internet

- cachorros depressivos, o que fazer?

- rbs vagas para jornalista

- relatos de mulheres que forão (sic) encoxadas na onibus

- uma mulher atendeu o telefone do meu namorado

- trabalho de conclusão de curso dowloads grátis

- amadoras esposas desesperadas por dinheiro

- as mais safadas de gaspar

- modelo ação de danos morais e materiais com pedido de pensão vitalícia

- que tipo de advogado devo procurar para requerer pensão vitalicia por ter perdido um pedaço do dedo

O que eu acho mais curioso é fato de que, tamanha a fé que as pessoas depositam no Google, as buscas são feitas em forma de pergunta. Por exemplo: "como entrar na listagem de aumento peniano pelo sus?" ou "tem como por protese de silicone nos seios pelo sus?".

A impressão que se tem, é que as pessoas, genuinamente, acreditam que o Google seja alguma entidade mágica, ou um Oraculo, ou elas acham mesmo que o Google é a personificação virtual da Santíssima Trindade.

Vai entender...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aposentadoria por Síndrome do Pânico


Como é sabido dos leitores deste blog, enquanto residi na farta terra do Tio Sam, tive o desprazer de dividir um quarto com um carioca. Eis aqui algumas de suas assertivas mais memoráveis:

- "Vagabundo tá de rataria pra cima de mim, mermão".
Frase que, traduzida para o português culto, significa: O cara está de trairagem para cima de mim.

- "Vagabundo tá piroca da cabeça".
Frase que, traduzida para o português culto, significa: O cara está maluco/pirado. A essa altura já é possível notar que no carioquês, todas as frases devem ser iniciadas com a expressão "vagabundo".

- Vô joga o papo reto pa tu, mermão.
Frase que, traduzida para o português culto, significa: Vou lhe falar a verdade, nobre colega.

- "Só tem mongolóide nessa cidade".
Ele disse isso se referindo a grande quantidade de malucos na cidade Miami.

- "Eu sou novo, mas sou bem dotado".
Certa feita, sem que ninguém demonstrasse qualquer interesse pelo tamanho de seu pinto, ele nos brindou com essa informacao.

- "Minha mãe, uma procuradora do INSS no Rio de Janeiro, se aposentou, aos 30 e poucos anos, com proventos integrais, alegando estar acometida de 'síndrome do pânico'" *risadas escandalosas*
Ele achava o máximo que sua mãe havia feito isso. Mais tarde ele me confessou que, logo após obter sua aposentadoria, ela acabou se "curando".

Et cetera

Eu também nunca me esqueço da minha primeira tentativa de contato com esse individuo. Antes de embarcar para os EUA, a agência responsável pelo meu intercâmbio me passou o telefone dele, a fim de que pudéssemos combinar de rachar o aluguel em Miami. Eu liguei. Devia ser umas 17 horas de uma sexta feira. A mãe dele, aquela que se aposentou aos trinta anos com proventos integrais por ter "contraído" a "síndrome do pânico", atendeu o telefone. "Eu poderia falar com o *cara x*?, eu perguntei. "Ele tá dormindo", ela respondeu.

Yes we cant

O loco, meu. Brincadeira, mais do que nunca, super calor infernal do capeta.

Vo ti dize pra ti, se os termometros nao comecarem a marcar temperaturas mais amenas nos proximos dias, eu temo que a regiao outrora conhecida como "A Europa Brasileira" passara a se chamar "O Sahara Brasileiro".

PS: Neste exato momento, estou a sugar a internet wi-fi "free 4 all" do Shupis Noimarquetis com meu bagulhinho trazido da "america supra- sahariana".