quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O causo do hotel em Caxias (tomo II)

...Continuação

A mocinha, então, disse que deveríamos dobrar a quadra e que a entrada do hotel seria ao lado de uma lanchonete.

Seguimos as orientações. A quadra era gigantesca, repleta de prédios e estabelecimentos comerciais. Parecia que a rua tinha sido tomada por uma horda bárbara, tamanho o movimento de pessoas na região central de Caxias. Dobramos a quadra e nos deparamos com um gigantesco ponto de ônibus, capaz de proteger os miseráveis usuários do transporte coletivo das mais violentas intempéries - outra coisa que inexiste em Blumenau: pontos de ônibus que ofereçam o mínimo de proteção contra o mau tempo - avistamos um boteco, ladeado por uma entrada inominada.

A entrada dava para uma escada, não possuindo qualquer tipo de placa ou identificação. Considerando-se a singeleza do hotel em que havíamos feito reserva, pensamos que ali poderia ser sua entrada. Tonho, eis que rapaz destemido, conduziu a escalada, chegando ao topo antes que eu, apenas para se deparar com uma porta aberta, que dava para um bar penumbroso, uma luz vermelha, música alta e algumas mulheres em trajes sumários. Antes que eu chegasse ao topo da escada, vi Tonho descendo.

- Isso ai é uma zona - ele me disse - nosso hotel deve ser mais pra frente na rua.

Descemos e avistamos, imediatamente ao lado da entrada da suposta zona, uma portinhola com indicação do nosso "hotel". Lembro-me de, naquela oportunidade, ter achado graça daquilo.

Chegando à recepção do hotel, demos de cara com uma porção de sujeitos mal-encarados. Receosos, nos dirigimos ao balcão, onde fomos atendidos por um rapaz que não devia dormir há umas duas semana, tamanha a extensão de suas olheiras.

Fizemos o check-in. O recepcionista nos deu uma chave e se limitou a dizer:

- Quarto n. 3, primeiro andar.

Não havia elevador, então subimos as escadas. Durante o caminho, demos de cara com mais sujeitos mal-encarados seguindo na direção oposta. Chegando ao primeiro andar, dobramos à direita e seguimos por um longo corredor escuro. Após várias portas, quase no fim do corredor, chegamos ao quarto de n. 3.

Antes mesmo de abrir a porta, notamos que a parte superior do lado direito estava meio que envergada para fora, como se alguém já tivesse a forçado de alguma maneira. Com o mínimo de força, podia-se expandir o vão da parte envergada e entrever o interior do quarto.

Sem saber direito o que pensar daquilo, abrimos a porta. A visão que se descortinou era perturbadora: Os únicos móveis eram uma cama de casal, uma cama de solteiro espremida num canto, um pequeno armário e duas mesinhas repletas de manchas de cigarro. Uma porta de plástico sanfonada era a única coisa que nos separava do banheiro; uma gambiarra no único interruptor tornava bem arriscado o ato de acender e desligar a luz. Atrás da cama de casal havia um gigantesco espelho.

Além disso, não havia janela, o teto e o chão eram de madeira, inexistia qualquer tipo de isolamento acústico e, quando alguém passava pelo corredor ou caminhava no quarto de cima, seus passos eram perfeitamente audíveis, como se estivessem andando dentro de nossas cabeças.

Apesar dos pesares, agora já não havia nada que podia ser feito, o negócio era se assentar ali mesmo e esperar pelo raiar do dia.

Contínua...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O causo do hotel em Caxias (tomo I)

Antes de se abordar os aterrorizantes acontecimentos presenciados por mim e Tonho no quarto de n. 3 de um certo hotel no centro de Caxias do Sul, faz-se necessário algumas notas introdutórias:

Tudo começou em meados de julho, quando meu colega Tonho, companheiro de concursos, noticiou euforicamente: "meu, abriu concurso para Oficial Escrevente do TJRS! Tais afim de encarar uma viagem até o longínquo Rio Grande?"

De início, não fiquei muito empolgado. Eu já prestei uma porção de concursos, mas sempre aqui na nossa região; no máximo, fui até Florianópolis e Joinville. Eu até gosto de viajar de carro, mas 6 horas de viagem é deverás sugado. No entanto, confrontado com o fato de que mais de 500 vagas seriam providas por meio do concurso em comento, pareceu-me que a interminável viagem poderia valer a pena. Ademais, Tonho se valeu do argumento de que todas as mulheres gauchas eram parecidíssimas com a Gisele Bündchen e de que haveria uma escassez de homens heterossexuais naquele estado, fatos esses que, segundo ele, teriam sido auferidos por diversos "especialistas" da revista Veja, o que acabou me convencendo de vez.

De qualquer sorte, mesmo que a fama das mulheres gauchas não se confirmasse, ao menos essa seria minha chance de, finalmente, me mudar para um lugar a mais de 400km daquela cidade onde o valor de um homem é medido pelo seu sobrenome e onde só se é notado por meio da ostentação desmedida - Gayspar.

Paga a taxa de inscrição, eu e Tonho iniciamos o planejamento logístico de nossa empreitada. A prova se realizaria às 9 horas dum domingo, então acordamos que sairíamos no sábado de manhã. Desta forma, chegaríamos no sábado a tarde, nos hospedaríamos em um hotel barato ou albergue, dormiríamos, faríamos a prova e regressaríamos, incontinenti, ao glorioso estado de Santa Catarina. Esse era o plano.

Tendo sido encarregado dessa missão, nos dias que antecederam nossa partida, Tonho achou uns hoteizinhos bem baratos na região central de Caxias, a maioria nas proximidades do nosso local de prova, o Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. Optamos pelo mais barato, 24 pratas per capita, por um quarto com duas camas e banheiro, até por quê, só queríamos um lugar sem frescura e tranquilo para dormir. Ademais, apesar da inconsistência entre o preço (barato) e a localização (Centro), pelo site do hotel, nos pareceu um estabelecimento simples e recatado, porém limpo e confortável.

Chegado o fatídico dia, 25 de setembro de 2010, às 9 horas em ponto, caímos na estrada. 6 extenuantes horas depois, com a lombar extremamente dolorida, saímos da BR-116 e adentramos a Avenida Júlio de Castilhos, principal via de Caxias do Sul. Devo mencionar aqui a invejável infra-estrutura viária de Caxias do Sul, principalmente quando comparada a total ausência de qualquer tipo de estrutura e planejamento viário de Blumenau e Gaspar.

Enfim, ainda na Júlio de Castilhos, que corta toda a cidade, na altura da Praça Dante Alighieri - veja que, em Caxias, batizou-se a principal praça da cidade com o nome de um clássico escritor italiano, coisa inimaginável em Santa Catarina, estado onde o hábito da leitura é visto com desprezo e escárnio pela patuléia, que a considera um passatempo de nerds e derrotados (desculpem o pleonasmo) - convergimos à direita e, eventualmente, acabamos chegado ao estacionamento conveniado ao nosso hotel.

Era um prédio só de estacionamento gigantesco - outra coisa inexistente em Blumenau: prédios de estacionamento no Centro -, a mocinha responsável nos mandou estacionar no 5º andar. Assim procedemos. Regressamos ao térreo, eu e Tonho, e perguntamos a mocinha como chegar ao nosso hotel.

Não puder deixar de reparar na cara que a guria fez quando pronunciei o nome do hotel - como se o estabelecimento que estávamos procurando não fosse o mais apropriado para dois rapazes do interior de Santa Catarina -, mas na hora não entendi o porquê.

Continua...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Rua Pinheiro Machado, 1939

Após 7 excruciantes horas de viagem, regressei ao glorioso Estado de Santa Catarina com minha pregas incólumes.

Algumas considerações sobre o Rio Grande do Sul:

- Confirmei minha teoria de que todos os gaúchos são caras bonachões de barba/bigode e boina.

- A infinita maioria das mulheres gauchas não se parecem nem um pouco com a Gisele Bündchen.

- Os fracos não têm vez no trânsito de Caxias do Sul.

- Eu e meu colega Tonho passamos por momentos difíceis ao nos hospedarmos num "hotel" localizado ao lado de uma zona (stricto sensu), causo que será objeto de um relato mais detalhado e extremamente perturbador nos próximos dias.

Em suma, pode-se afirmar que, apesar da direção ofensiva de seus motoristas, das figuras bizarras e mal-encaradas que circulam por sua região central e da noite mal dormida que irei relatar num futuro próximo, Caxias até que é uma cidade maneira.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Boca de ouro (tomo II)

...Continuação

"Fazer uma lavagem com chuveirinho antes"

Rapaz pudico e virginal que sou, não consegui compreender o sentido daquelas palavras. No que consistiria a lavagem com chuveirinho, eu me perguntava. Afinal de contas, o que deveria ser lavado com o chuveirinho? Daquele momento em diante, essa dúvida monopolizou todos os meus pensamentos.

Passei noites em claro, não conseguia me concentrar no trabalhar, deixei de comer... A ignorância me corroia por dentro; deus, o que significa tudo isso?!

Mais tarde naquela semana, tive a oportunidade de me reunir com os membros remanescentes da, outrora gloriosa, Ordem dos Betoneiras, lá no Bakana's Point (sic).

Se fizeram presentes Monk, Roxinho, Negu Branco (entidade ectoplasmática que habita o Pocinho e o Poço Grande) e, obviamente, eu.

Os poucos leitores deste blog sabem que Roxinho é um proeminente latifundiário e aristocrata gasparense, cujas terras se estendem até, pasmem, o Oceano Pacífico. O que os inexistentes leitores não sabem, é que Roxinho é um hedonista, um libertino, com anos de experiência no mundo da devassidão, adepto das práticas mais depravadas, obcecado com a satisfação de sua lascívia, enfim, um rapaz a altura de Putanheiro-Mor e, talvez, o único capaz de decifrar as enigmáticas palavras que vinham tirando o meu sossego.

- Prezado colega, há alguns dias ouvi algo que soou como grego para mim e, desde então, consumido pela curiosidade, não tenho tido sossego. Assim, com o devido acato e respeito, pergunto-lhe: no que consiste a "lavagem com chuveirinho" no âmbito das relações sexuais não convencionais? - perguntei a Roxinho, tentando demonstrar alguma indiferença.

Roxinho não se deixou abalar, abriu um leve sorriso - como o ancião que se admira com os questionamentos feitos pelos mais jovens - e respondeu de pronto e sem pudor:

- A lavagem com chuveirinho é quando tu enfia, literalmente, o chuveirinho no ânus da guria pra ela não se cagar toda na hora do sexo anal.

- Ah, ok... Meu, tu viu o voto do Ministro Toffoli quanto a aplicação da Lei da Ficha Limpa nessas eleições? Maior sacanagem...

E então, vencida aquela questão libidinosa, demos início a uma análise pormenorizada quanto a atual jurisprudência da Suprema Corte de Justiça brasileira.

Fanny Hill

Devidamente pilchado, amanhã irei para o Rio Grande do Sul, mais especificamente para a cidade serrana de Caxias do Sul. O objetivo da 'viagi' é divulgar meu novo filme "Diabas Gasparenses" e estender minha fama de "gigante pela própria natureza" para outras unidades da federação.

Aproveitando o ensejo, no domingo irei prestar um concurso para Oficial Escrevente do Tribunal de Justiça Gaudério.

Se tudo ocorrer como o esperado, voltarei daquele Estado investido em novo cargo público e com minhas pregas intactas...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Tesouro de Capitão Flores

Às 18h de ontem, em novo concílio realizado pelos membros remanescentes da Ordem dos Betoneiras, sob a lúgubre luz emanada por Negu Branco (entidade fantasmagorica que habita o Pocinho), aprovamos, finalmente, nossa lista de candidatos para as eleições 2010.

Desta vez, a reunião se desenrolou numa pequena saleta de 1x1m², conhecida como Termópilas, localizada no mais humido e escuro canto do porão da Comarca de Witmarsum, a qual Monk costuma se referir como "meu gabinete".

Eis em quem votaremos:

Dep. Estadual - Miliane (16116 - PSTU)

Dep. Federal - Alemão Gert (5005 - PSOL)

Senador - Joaninha (160 - PSTU)

Senador - Alex (161 - PSTU)

Governador - Carmelito Smieguel (33 - PMN)

Presidente - Plínio (50 - PSOL)

Creio que nossa escolha mereça algumas considerações.

Quanto à Joaninha, Alex e Miliane, estes foram escolhidos pois são todos "lutadores socialistas", segundo a propaganda eleitoral gratuita, razão pela qual são merecedores de voto.

Quanto a Alemão Gert, sim, eu sei que, inicialmente, iriamos votar no Latinha. Ocorre que Latinha faz parte daquela coligação direitista composta pelo Demo e outros partidos do capeta, sendo que, já que se trata de eleição proporcional, caso Latinha não se sagre eleito, nossos votos acabarão indo, indiretamente, para caras como Marcelo Chorume, Paulo Bornhausen e outros indivíduos "não merecedores de voto"¹. Assim, em sendo um representante dos decendentes nórdico-germânicos e não pertencendo a nenhuma coligação DEMOniaca, Alemão Gert é o nosso candidato.

Quanto a Carminito Smieguel, por seu auxílio à Frodo na missão de destruir O Anel na Montanha da Perdição, acreditamos que mereça um voto de confiança.

E, finalmente, quanto a Plínio, do que adianta votar sempre nos mesmo representates das oligarquias dominantes? Ademais, Plínio tem uma brilhante carreira política, ele começou como um simples senador que representava apenas o sistema Naboo, seu sistema natal. Plínio foi progredindo, progredindo até se tornar Supremo Chanceler da República, dando apenas um passo para se tornar Imperador. Plínio também foi o responsável por entregar as plantas da Estrela da Morte para os rebeldes, a fim de atraí-los para uma mortal armadilha.

Ante ao exposto, concito-vos a votarem nos candidatos acima elencados. Caso contrário, Negu Branco irá visitá-lo a noite e você acordará no dia seguinte com uma forte queimação na região rectal¹.


1 - Eufemismo é a substituição de uma expressão por outra retirando-lhe todo o conteúdo emocional e esvaziá-la do seu sentido: "interrupção voluntária da gravidez" em vez de aborto induzido, "limpeza étnica" por matança racista...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Boca de ouro (tomo I)

O caso que passo a expor diz respeito a última peripécia sodomita de Putanheiro-Mor e seus amigos, relato este que contêm descrições indecorosas de práticas sexuais não ortodoxas, razão pela qual se aconselha aos leitores mais pudicos que interrompam a leitura agora.

Dias desses, aproveitando que nosso chefe tinha dado o balão, eu tava de bobeira na internet e Putanheio-Mor estava papeando e bebendo café despreocupadamente com dois amigos, ali na nossa repartição. Um deles, não pude deixar de reparar, tinha uma pereba purulenta na face esquerda do nariz. Apesar da curiosidade, deixei de externá-la, pois qualquer contato com aqueles sujeitos daria ensejo a um longo, detalhado e indesejado relato de suas últimas atividades sexuais.

Em dado momento, minha indiferença foi perturbada por uma explosão de gargalhadas vinda do grupinho dos putanheiros. Olhei para o lado e vi Putanheiro-Mor botando a língua para fora da boca e com ela fazendo movimentos circulares. Pelo que pude compreender, Putanheiro-Mor e seus amigos se referem ao ato de praticar sexo oral em uma mulher como "molhar o bigode" e "repartir a cabeleira" - esse era o motivo da graça.

Tentei me concentrar na tela do computador, mas logo ouvi Putanheiro sacaneando o cara do nariz perebento. Resolvi prestar atenção.

Meio constrangido, o cara disse que havia contraído aquilo ao fazer um "69" com uma moça de família. Segundo o rapaz, enquanto ele "molhava o bigode", sua nareba acabou entrando em contato com a mucosa anal da guria, acarretando a pereba retromencionada.

Do alto de seu conhecimento putanhistico, Putanheiro advertiu o colega:

- É, sempre que tu for fazer um "69", tens que fazer uma lavagem com o chuveirinho antes.

Continua....

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Professor Mirabolante Revolutions

Há quem diga que o maior nome do direito contemporâneo é Miguel Reale, há ainda quem diga que é Clóvis Beviláqua. Oras, para se sustentar um disparate deste se faz necessário ser um tolo ou, pelo menos, um leviano, pois qualquer pessoa minimamente sensata e inteligente sabe que o maior mestre do direito moderno, sem sombra de dúvidas, é o Professor Mirabolante.

Tal conclusão decorre da simples leituras de suas pérolas aqui imortalizadas, meu legado para as gerações vindouras.

Tamanho o tirocinio jurídico nelas esboçado que, mesmo após um longo período sem novidades, o termo "pérolas do professor mirabolante" figura entre os 5 mais procurados no Google e no Yahoo.¹

Eu, inclusive, já vinha sofrendo de forte "depreensão" cumulada com síndrome do pânico, em razão do longo período sem novas pérolas, sentimento este que é compartilhado por todos aqueles que compreendem a real grandeza da sapiência jurídica do Mestre Mirabuloso.

Assim sendo, para que possamos dar continuidade a este grande feito que é registrar a obra do Mestre, Monk (servidor público estadual e frequentador da pracinha) se incumbiu de aliciar um jovem mancebo, escolhido, preferencialmente, entre alunos do Professor Mirabolante, que se dispusesse a anotar, in loco, novas pérolas.

Findo o processo de seleção, posso afirmar, com um sorriso no rosto, que logramos exito nessa empreitada. O nome do rapazote, entretanto, permanecerá em sígilo, a fim de preservar-lhe a identidade e não estragar seu disfarce. Lembrando que a afirmação anterior não eximirá o garoto de integrar o polo passivo de eventual ação milionária movida pelo Professor Mirabolante contra a minha pessoa, o que não se espera.

Enfim, eis as primeiras pérolas anotadas pelo nosso correspondente mirim:

- Eu usei em uma ação os incisos XXX e XXXI da Constituição e consegui R$ 250.000

- Artigo passado em sala a gente decora, aprende e apreende

- O relógio trabalhista tem 24 hrs

- Valendo um terço e meio de um ponto na média

- Alguns exemplos de trabalhos domésticos: empregadas, jardineiros, babá... (pausa) acompanhantes

- *A porta faz um barulho* - Essa porta parece a porta do inferno, vou falar com o reitor para arrumar amanhã (afirmação feita há um mês atrás)

- 4 flechas flamígeras no artigo

- Nesses meus 30 anos de profissão nunca perdi uma ação, quem perdeu foram meus clientes.

- Depois de uma ação contra a igreja, recebi algumas ameaças, e comecei a fazer uma coisa que eu não faço a tempo: "andar armado".

- Fui para uma audiência onde meu cliente empurrou uma pessoa de 80 anos, sorte minha que o agredido foi meu aluno em 1992.

- *Um aluno pergunta: - Ai, professor, apostasse na mega-sena*? - Pfff, 70 milhões eu tiro em algumas ações.

1 - Fonte: Revista Veja

Meu destino é pecar

Atenção: esse relato diz respeito a Putanheiro-Mor e suas estórias, podendo conter termos lascivos ou descrições minuciosas de práticas sexuais não-ortodoxas, que alguns leitores podem considerar ofensivas.

Dia desses, sem que eu pedisse ou demonstrasse qualquer interesse, Putanheiro-Mor iniciou seu expediente me admoestando com um update semanal de sua vida sexual; tudo nos mínimos e indesejados detalhes, é claro. Como se eu desse a mínima. Aposto que ele é tipo de cara que, enquanto come faz amor com uma mulher, fica pensando: "meu, mal posso esperar pra contar pra galera" e/ou "meu, vou fazer isso e aquilo só pra galera ficar de cara". Comer alguém é um mero feito para se vangloriar com "a galera", o climax não é atingindo até que seja possível compartilhá-lo com alguém.

Mas enfim, em dado momento, fui obrigado a interromper o lívido relato:

- Sério, tu deve gastar uma grana com isso [putaria] todo mês.
- Ah, dá mil reais tranquilamente - ele respondeu indiferente, como quem diria que gasta dinheiro demais com guloseimas.
- Caralho, milão por mês com putaria?

Impassível a minha perplexidade, ele sentenciou:

- Fazer o que se eu gosto duma buceta...

sábado, 11 de setembro de 2010

Eleições em Santa Catarina

Dando continuidade a única cobertura virtual das eleições barriga-verdenses que não se senta à mesa de Jezabel, chamo a atenção do leitor para os seguintes candidatos:

Pedro Alemão (Dep. Estadual - PSB - 40263)
- Comentário: Alemão?

Vilma Mãe dos Surfistas (Dep. Estadual - DEMO - 25255)
- Comentário: Essa candidata é apoiada por Louco Imóveis e outros surfistas da Beira Mar Norte.

Cristina (Dep. Federal - PV - 4353)
- Comentário: Atente para o look serial-killer-eu-vou-te-matar-se-você-não-votar-em-mim da candidata.

Bozo-Wandeko (Dep. Federal - PV - 4344)
- Comentário: Se sentiria em casa trabalhando no circo que é o Congresso Nacional.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Latinha

A fim de promover a candidatura do meu candidato a deputado federal, o Latinha (PTC 3678), gravei sua propaganda eleitoral da televisão e coloquei no iutubiu, vídeo este que pode ser visto aqui.

Parnaso de Além-Túmulo

Negu Branco, aparição que, envolta numa luz branca, vaga a esmo pela localidade do Pocinho, aterrorizando as pessoas que ali vivem, convocou, ontem, nova reunião com os membros remanescentes da irmandade "Os Betoneiras", cujos sócios fundadores são: Monk, Louco Imóveis, Sr. Ivan, Vaca Brava, Trevas, Paulinho Paulada e, obviamente, eu.

A reunião se realizou no estabelecimento comercial denominado "Point Bakana's" (sic), localizado às margens da Rodovia Jorge Lacerda, e foi regada a caldo de cana. Além de Monk (servidor público estadual e frequentador da pracinha) e Dr. Zé Maya (meu sócio no Trololó Advogados Inc.), contamos com a ilustre presença de Roxinho, que, para quem não sabe, é um aristocrata e latifundiário gasparense, possuindo terras que se estendem do Pocinho até o Oceano Atlântico.

O objetivo da reunião convocada por Negu Branco, nosso guia espiritual, era dar continuidade a recente deliberação que fizemos sobre as próximas eleições.

De início, diante do impasse quanto a quem votaremos para deputado estadual, relacionamos os candidatos mais passíveis de voto, os quais submeto a apreciação dos ociosos leitores deste blog. Vale lembrar que os candidatos foram escolhidos a partir de critérios objetivos, levando em consideração seus planos de governo, seus conhecimentos da coisa pública e seus passados. Ei-los:

Anna Carolina (PV - 43003)
Tati Teixeira (PSDB - 45200)
Mariluci (PT - 13013)

Não se deixando de levar em conta, é claro, Laurinha, Priscila e, é claro, Miliane - uma guerreira socialista, segundo sua propaganda eleitoral -, aqui já mencionadas.

Quanto ao voto para presidente, não se fez nenhum progresso.

Quanto ao voto para deputado federal, que na última reunião haviamos decidido por Latinha, houve uma reviravolta, eis que veio ao nosso conhecimento a existência das seguintes candidatas:

Romanna (DEMO - 2510)
Camila (PV - 4374)
Mayra (PP - 1113)

Ô, Negu Branco, a ti rogamos para que ilumines a penumbra vacilante com tua luz celestial.

as alegrias da vida adulta

malvados titinha 1437as alegrias da vida adulta

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Em quem votar em Santa Catarina

Diante da proximidade com as eleições - aquele faz de conta em que escolhemos quem irá surrupiar os cofres públicos pelos próximo 4 anos -, convoquei uma reunião com Monk (servidor público estadual e frequentador da pracinha) e Dr. Zé Maya (meu sócio) a fim de escolhermos nossos candidatos.

A reunião se realizou na quadrinha e teve como guia espiritual o Negu Branco, entidade fantasmagórica que habita a região do Pocinho.

Após longa deliberação, chegamos aos seguintes nomes:

Governador: Carmelito Smieguel (33 - PMN)
Deputado Federal: Latinha (3678 - PTC)
Senador: Joaninha (160 - PSTU)
Senador: Alex (161 - PSTU)

Não chegamos a um consenso quanto a quem votaremos para presidente e deputado estadual, então Negu Branco, nosso guia espiritual, aconselhou-nos a realizar nova reunião na próxima semana. Até lá, estaremos aceitando sugestões.

Quanto ao voto de deputado estadual, eu, pessoalmente, estou em dúvida entre as seguintes candidatas, eis que elas têm as propostas mais sólidas e coerentes:

Laurinha (45900 - PSDB)
Priscila (13069 PT)

Não obstante, também me sinto inclinado a votar na Miliane (16116 - PSTU), que seria "uma guerreira socialista", segundo sua propagando no horário eleitoral gratuito.

Quanto ao cargo de presidente, não sei em quem votar.

Assim, sendo, concito-vos a votarem nos candidatos acima indicados. Caso contrário, Negu Branco irá puxar seu pé todas as noites até o fim desta legislatura.

sábado, 4 de setembro de 2010

a noite veio e a alma é vil

Em observância a recente promessa que fiz ao Glorioso Pai Celestial, abster-me-ei de fazer qualquer tipo de crítica à criação de 10 novos cargos de desembargador e 6 novos cargos de desembargador substituto por parte do nosso Tribunal de Justiça.

Da mesma forma, mesmo que cada um dos investidos nos 16 cargos acima referidos tenha direito a 6 assessores, perfazendo um total de 96 novos assessores, deixarei de emitir qualquer opinião que possa ir contra os interesses do Poder Judiciário.

Amém.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Prece

Deus, se eu passar nesse concurso de Oficial de Justiça, prometo que nunca mais falarei mal do Poder Judiciário.

Amém.