quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Miami-Dade

20% da populacao adulta da Florida eh fumante.

A industria tabagista agradece.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Beetle Bailey

Eu achava que o povo brasileiro era porcalhao, contumaz "sujador" das vias publicas. Todavia, apos algumas semanas dentro dos dominios da nacao mais avancada do mundo desde o periodo neolitico, pude entao concluir que os "americanos", pelo menos os residentes em Miami, sao os maiores porcalhoes do planeta Terra.

Mesmo havendo lixeiras por todo lado, mesmo assim nego joga lixo na rua, fica cuspindo por ai e emporcalhando o ambiente. A unica diferenca para o Brasil, eh que aqui, pra cada merda que um "americano" joga no chao, ha dez latinos pra limpar a porra toda depois.

Dont be a pussy, man! This is Miami!

So pra nao perder o costume:

Esses dias um dos intercambistas, que eh meu vizinho de quarto la no Hacienda Motel, tava andando pelo centro de Miami. Do outro lado da rua vinha um "mindingo". Quando ambos se cruzaram, mas em lados opostos da rua, o mendigo soltou um arrotao. Ato continuo, o mendigo atravessou a rua e indagou o cara: "Meu arroto te assustou?" Meu colega ignorou o cidadao.

Mesmo assim, o mendigo tornou a admoesta-lo: "tu tem um isqueiro pra me emprestar?" O intercambista respondeu sem encara-lo que "nao". Determinado a perturbar as pessoas de bem, o mendigo riu desdenhosamente e voltou a perguntar: "meu arrotinho te assustou?"

Amedrontado, o brasileiro ignorou a pergunta e acelerou o passo. O mendigo, por sua vez, arfou o peito e comecou a berrar no meio da rua: "dont be a pussy, man! This is Miami! This is Miami!"

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Who let the dogs out

Eu costumava achar que no Brasil nego gastava muita grana com cachorro de madame, mas aqui a galera leva a parada a outro nivel.

Sabe quanto custa pra dar banho e tosar um cachorro de fresco por aqui? $ 80,00. Sim, oitenta dolares e zero zero centavos, ou, pela cotacao do dia, algo em torno de 184 reais.

Eh por isso que, na minha casa, cachorro so toma banho de chuva.

Bubba the love sponge

So pra nao dizerem que eu so falo mal de Miami, eis aqui algumas coisas que me agradam por aqui:

- Radio: Ao contrario da regiao de Blumenau, aqui em Miami ha uma radio de rock classico e uma radio de rock pos-anos 90, que toca umas cinco musicas diferentes do Pearl Jam por dia. Algo impensavel para as duas radiozinhas que detem o duopolio do mercado radiofonico da "europa brasileira". Na radio de rock classico, por sua vez, toca-se, basicamente, AC/DC, Led Zepelin, Pink Floyd, Rolling Stones, entre outras bandas do tipo. Bem legal. Nos dias em que trabalho, sempre fico ouvindo essas duas radios. Agora mesmo, ta tocando Van Halen na radio de rock classico. Enquanto isso, aposto que a Atlantida e a Jovem Pan estao tocando, simultaneamente, a mesma musica e pela 10a vez hoje. E aposto que nao eh uma musica legal, mas sim uma interpretada por algum maloqueiro, ou pseudo-virgem ou qualquer coisa do tipo.

- Tirinhas: O Miami Herald, jornal de maior circulacao aqui eh bem menos pior que o Santa. E o melhor eh que na edicao de domingo vem um caderno inteiro so de tirinhas. Sem brincadeira, a parada deve ter umas 5 paginas com todas as tirinhas que tu possa imaginar. Algumas bem engracadas, outras nem tanto.

- Refrigerante: Aqui, refrigerante eh mais barato que agua. Serio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O louco da semana

Na noite do dia 17 de janeiro, como de costume, eu tava na Omni Station esperando o latao. Do meu lado, havia um mendigo que a cada 10 segundos checava nervosamente o seu relogio.

De repente, o mendigo se levantou, arfou o peito e berrou:

- Fuck! Where is the fucking bus?! Where is the fucking 16 bus?!

Levantei-me e me afastei de mencionado mendicante. Mais uma vez ele berrou:

- Damn! Where is the motherfucking bus?!

"Fuck!", ele continuava dizendo para si mesmo. O cara tava puto da cara que o onibus 16 tava atrasado.

Nisso veio o 3, que eh o onibus que eu sempre pego. Pra variar, o mendigo resolveu pegar o mesmo onibus que eu.

Ja dentro do onibus, o mendigo se enturmou com uns outros mendigos que ja estavam dentro do busao. Mas isso nao eh o pior, o pior eh que o cara saltou dois pontos depois. Distancia que ele poderia ter facilmente andado, ao inves de ficar blasfemando do meu lado. Nao dava 5 minutos a pe. Infelizmente isso eh comum aqui, mesmo pessoas jovens e aparentemente saudaveis sao incapazes de caminhar uma ou duas quadras, dai pegam o onibus num ponto pra saltar no proximo...

Servico de Seguranca em Gaspar

Pois eh, ja faz um mes que estou de volta a ensolarada Florida. Deixe-me, entao, contar um pouco sobre essa nova saga e a quantas anda minha vidinha por aqui.

Entao, tu ta ligado que eu ja tinha vindo pra essa merda de estado no ano passado, neh? Em verdade, em verdade, dessa vez era pra mim ter ido pra Ohio, no coracao da "america". Todavia, para minha infelicidade, em razao da maior crise desde o nascimento de Jesus Cristo, poucos dias antes do meu embarque, meu trampo num hotel em Ohio foi cancelado.

Em razao disso, fui confrontado com uma triste decisao: ou desistia do sonho americano e arcava com milhares de dolares em prejuizo ou ia trabalhar como seguranca em Miami. Seguranca em Miami?! A principio exitei, mas nao tinha outra opcao, alem do que eu ja havia gasto todas as minhas economias com essa bosta de intercambio e ate havia pedido demissao do meu empreguinho no Brasil.

Entristecido, acabei topando. Vim sozinho de Navegantes a Miami. Apos dezenas de horas de viagem, aqui cheguei na terra da liberdade. Liberdade para consumir de forma desenfreada.

A parada ja comecou bem, quando, ao desembarcar em Miami, fui informado que haviam extraviado minha mala. "Meu amigo, tu sabe com quem tu ta falando?", perguntei em ingles. "Nao, senior", respondeu o funcionario da cia. aerea. "Meu amigo, eu sou um devogado e vo mete geral no pau se a porra da minha mala nao aparecer em dez segundos", vociferei e comecei a contar. Antes da contagem chegar ao 2, la vinha o pobre latino correndo esbaforido com minha pequenina mala na mao. "Aqui esta sua mala, senior", ele disse com um sorriso no rosto. "Acho bom mesmo, rapaz. Voce acabou de me salvar do esforco de mover uma acao milionaria e mirabolante contra sua empregadora e o governo dos estados unidos da america!", falei. "Muchas gracias, senior", o pobre diabo respondeu.

Rispidamente peguei minha mala, passei pela imigracao e embarquei num taxi rumo a acomodacao arranjada pela minha agencia de viagens no Brasil.

Mais uma vez, para o meu desconsolo, haviam me jogado no pior buraco de Miami. Era um desses moteis de beira de estrada que se ve nos filmes, localizado em um dos bairros mais perigosos da cidade. Ate ai, nada que um .38 na cintura nao resolvesse. O grande problema foi o fato de terem me botado para dividir o quarto com um escroque do Rio de Janeiro. O muleque tem 18 anos, mora na Barra da Tijuca, tem 3 empregadas e 1 motorista em casa. Nunca trabalhou na vida e so concluiu o ensino medio por intermedio de um supletivo. Lixo total, mas isso eh assunto prum topico especifico.

Dai ta, apos pagar $60,00 e fazer um curso de uma semana, acabei por receber um certificado de conclusao de "curso de oficial de seguranca". Foi o curso mais esculhambado que eu ja fiz na vida. O "professor" so botava uns videos explicativos produzidos na primeira metade do seculo X e saia da sala pra ficar fumando. Nas poucas vezes que ficou na sala, o cara so ficava tarando as brasileiras.

De posse do certificado mencionado, paguei $ 87,00 ao Estado da Florida para obter uma licenca de seguranca. So nos estados unidos eh que se precisa de uma licenca para ser porteiro. Em seguida, fiz uma entrevista em uma empresa chamada Kent Security Services, empresa para a qual eu trabalho aqui. Finda a entrevista, botaram-me para trabalhar em um condominio denominado The Imperial na Brickell Avenue, segunda maior aglomeracao de instituicoes financeiras dos Eua, so perdendo para Wall Street, em NYC.

Todavia, o predio em que eu trabalho eh um condominio residencial, com 131 apartamentos. Sim, eu, que sequer sou capaz de cuidar da minha propria seguranca, sou responsavel pela seguranca de 131 apartamentos residenciais, abarrotados com representantes da mais alta burguesia local. Nao tenha duvida que o dia em que chegar um cara armado aqui, ele nao encontrara obstaculos por minha parte, muito pelo contrario. "Entra que a casa eh tua, velho. E aproveita que o cara do 2001 ta viajando", eh o que eu diria para ele. Jura que eu vou arriscar meu coro por um bando de burgueses filhos-da-puta. Burgueses filhos-da-puta e "americanos", diga-se de passagem. Fora que eu recebo 1 dolar a menos que os nativos, que exercem a mesma funcao. Quero mais eh que nego entre aqui e mate geral mesmo. :)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sorteio de Green Card

Esses dias eu tava esperando o onibus de madrugada pra voltar pra casa, isso depois de um longo dia de trabalho. Eu mal havia sentado num banco da Omni Station, maior estacao de onibus de Miami, e veio um mendigo pedir dinheiro. Eu disse que "nao". Logo em seguida veio outro. Eu disse que "nao tinha trocado, porra". Levantei e fui me sentar em outro banco. Nao deu dois minutos, e o cara que havia me pedido dinheiro na primeira vez, tamanha sua desconexao com o mundo real, veio mais uma vez favelar pra cima de mim.

"Porra, caralho. Vai pedir dinheiro pra vovozinha! Por um acaso eu tenho cara de instituicao de caridade?! Se eu ja nao te dei dinheiro da primeira vez, o que te leva a crer que eu tenha mudado de ideia nos ultimos cinco minutos, porra?!", eu devia ter dito. Na real so balanguei a cabeca em negacao. O cidadao nao falou nada e partiu para a proxima vitima.

Miami eh uma cidade tao abarrotada de pedintes, que eu desafio qualquer pessoa a esperar por um onibus no centro da cidade e nao ser abordada por, pelo menos, dois mendigantes. Serio. Esses dias eu tava na fila do McTrouxas e um cara veio mendigar. Porra, na fila da parada o cara veio mendigar. Puta-que-o-pariu. Ontem mesmo, eu tava comendo no Trouxa King e uma velhona veio favelar pra cima de mim. Porra, os mendigos aqui sao muito Joselito. Eu tava tentando comer e a mina veio mendigar.

Ambas as situacoes narradas aconteceram dentro de estabelecimentos fechados e climatizados e tudo na frente de funcionarios que nada fizeram a respeito. E ainda tem nego dizendo que os Estados Unidos eh um pais de "primeiro mundo".

domingo, 18 de janeiro de 2009

Welcome to Miami

Entao, ja faz algumas semanas que venho trabalhando na terrinha do Tio Sam. Enquanto estudante de direito e trabalhador assalariado, uma coisa que eu acho muito bizarra nos Sazunidos eh a absoluta inexistencia de qualquer legislacao trabalhista que proporcione o minimo de dignidade para peoes subempregados como eu.

Aqui a galera nao tem nem garantias basicas, como o descanso semanal remunerado. Na terra do capitalismo, dia nao trabalhado eh dia nao remunerado.

Aquela parada tambem, de o cara folgar, ao menos uma vez por mes, no domingo, aqui inexiste. Nem me lembro a ultima vez que eu nao trabalhei num final de semana. O que nao eh um problema pra mim, mas eu imagino que seja uma merda pro nativos subempregados trabalharem a vida inteira no final de semana.

Outras coisas como adicional noturno, ferias remuneradas de um mes, decimo terceiro salario, FGTS, aviso previo, sequer constam no ordenamento juridico local. Pra ti ver, eu fui contratado para substituir um cara que ia ser demitido. Um dia o cara veio trabalhar e eu tava sentado na cadeira dele. So ai disseram pro cara que ele tinha ido pro barro. No Brasil ja ia dar merda, ao menos no ambito judicial.

A proposito, aqui nao existe justica do trabalho, as poucas demandas dessa natureza que aqui tramitam, correm todas na justica comum daqui.

E mesmo trabalhando 8 horas por dia, eu nao tenho nem direito a uma porra de intervalo. Trabalho 8 horas corridas, todos os dias.

A unica coisa que parece existir eh um salario minimo federal de $ 7.25 por hora, que eh o que eu recebo, sendo que os nativos que exercem a mesma funcao, alguns que sequer sabem falar ingles, recebem $ 8.35 por hora. No Brasil ja ia dar merda.

Isso me lembra uma outra bizarrice de Miami, mais de 60% da populacao local eh latina. Aqui tu vai no mercado, no McTrouxas e a negada nao sabe falar ingles. Aqui a maior parte da populacao nao sabe falar ingles, nao tem a menor vontade de aprender e ainda acha que eh tua obrigacao saber falar em espanhol.

Na real, ate comecar a trabalhar num condominio de chicosos, isso 3 semanas depois de chegar aqui, eu nunca havia visto um americano branco. Serio. E diversas vezes ja ouvi de americanos que eu vim pro lugar errado, caso minha intencao fosse conhecer a "verdadeira america". Miami eh tipo uma america latina muito piorada.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Burn notice

Se algum dia Ze Maia tivesse a oportunidade de vir a Miami, para Gaspar ele nunca mais ia querer voltar. A razao e simple: Desde a morte de Macale, seu melhor amigo e confidente, Ze Maia tem vagado solitariamente pelas pacatas ruas da Cidade Coracao do Vale. Contumazmente pode ser visto sentado na Praca Getulio Vargas, de cabeca baixa e entornando sozinho garrafas de conteudos altamente enebriante. Todavia, na glamurosa cidade de Miami, Ze Maia poderia proferir improperios, encher a caveira e se comportar de forma totalmente inconveniente ao convivio em sociedade, juntamente com uma sortileza infinita de outros individuos de igual, ou maior, inconveniencia.

Ze Maia se sentiria em casa em Miami, e com certeza acharia outro colega para preencher o vazio deixado em sua vida com a morte do saudoso Macale. Candidato e o que nao falta em Miami, pois capital mundial da mendicancia. Serio.

Da mesma forma, Miami tambem e a capital dos manos e dos pirados. Duas vezes ja deu policia no onibus, porque nego nao queria pagar a passagem. Serio, nem no Brasil eu ja vi policia no onibus, e olha que eu ando de Verde Vale pra caramba. Alem do que, nos onibus de Gaspar eu nunca precisei temer pela minha integridade fisica/patrimonio/vida, somente pela minha dignidade.

Te digo, andar de onibus em Miami e um exercicio de coragem. Diversas vezes ja fui a unica pessoa branca e de banho tomado no coletivo, e olha que eu ando pra caralho de onibus aqui.

Semana passada foi o maluco com a cueca na cabeca. Essa semana, o maluco de Miami que mais me chamou a atencao, dentre os milhares que aqui habitam, era um pirado andando de bike, sendo que havia uma galinha no guidao. O cara tava andando com uma galinha na bicicleta.

Essa semana, tambem, eu havia ido no Wal-Mart e tava no ponto esperando o busao, nisso, um cidadao com um carrinho cheio de compras, mas muito maltrapilho, vem me pedir dinheiro pro onibus. Porra, o cara tem dinheiro pra fazer compras no mercado, mas nao tem 2 pila pra merda do onibus?!

Se tem alguma coisa que Miami mudou na minha personalidade, foi minha benevolencia com pedintes. E demais aqui, velho. Se eu fosse dar dinheiro pra todo mundo que me pede esmola aqui, eu ia trabalhar so pra isso.

Mas enfim, nao sei quais sao os criterios para se dizer que pais x e um pais de primeiro mundo, enquanto pais y e considerado de terceiro mundo. Porque eu vo te dize pra ti, se Miami e uma cidade de primeiro mundo, Gaspar e o legitimo welfare state.

Greg List

So em dezembro, estima-se que 524 mil "americanos" perderam seus empregos. O total de demissoes em 2008 nos Estados Unidos foi de 2.6 milhoes. O numero oficial de desemprego, atualmente, e de 7.3%, mas acredita-se que o numero real gire em torno de 13%.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Happy meal

Fato: em 30, dos 50 estados que formam os Estados Unidos da America, 25% da populacao esta "perigosamente" acima do peso. Nacionalmente, 31.9% da criancas americanas sao obesas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Miami-Dade Transit

Uma ideia muito interessante e amplamente utilizada nos busoes de Miami, e a colocacao de insulfilm nas janelas, o que ajuda a proteger a ja sofrida pele do trabalhador latino subempregado da violencia do sol quase-tropical.

Alguem deveria sugerir isso a Verde Vale.

Cruzeiro gay em Miami

Alem de capital nacional da mendicancia e da delinquencia, Miami deve possuir o titulo de capital da "viadagi". Nada contra, e claro. Mas aqui e muito comum ver nego andando por ai de mao dada, entre outras demonstracoes publicas de queimacao de rosca. Na praia, inclusive, existe um pedaco delimitado com bandeirinhas multicoloridas, onde e possivel ver diversos manos passando protetor solar uns nos outros, entre outras demonstracoes publicas de engatacao de re. Nada contra, e claro.

Hold the hand rail

A energia eletrica que e consumida em Miami com ar-condicionado em um dia, seria suficiente para abastecer todo o estado de Sao Paulo durante um ano. Ate na porra do banheiro tem. Isso que e inverno agora, imagina so no verao...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Imperial @ Brickell

Os "americanos" sao o povo mais leproso do mundo. Mais leproso e mais preguicoso na real.

Aqui, o cara com 30 anos ja ta na cadeira de rodas, no andador ou cambaleando por ai de muleta. Serio, aqui deve ser o unico pais do mundo em que os mercados tem uma secao especial so de muletas. Serio. Aqui tu liga a televisao e ta passando propaganda de cadeira de rodas eletrica.

Aqui, nego nao sai do carro nem pra comer, nem pra ir no banco, nem pra ir na farmacia. Praticamente tudo aqui e drive-thru. E eu nao duvidaria se alguem me dissesse que ate cagar, eles cagam no carro. Ta ligado, ao inves de um compartimento de bagagem, em baixo do banco do motorista deve haver um coletor de fezes ou algo assim.

Continua?!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Las tontas no van al cielo

Tendo em vista que ja estou em Miami desde o dia 16/12, penso ser pertinentes alguns comentarios:

Cara, eu nao sei qual e o problema com esse pais (EUA), mas, de todos os lugares em que eu ja visitei na minha vida, Miami e a cidade com o maior numero de mendigos, malucos, maloqueiros e mendigos malucos. Serio, e impossivel esperar por um onibus sem ser admoestado diversas vezes por pedintes, perturbado por malucos ou intimidado por maloqueiros. Ontem mesmo, enquanto eu esperava por um onibus pra voltar pra casa, por tres vezes nego veio me pedir dinheiro. E quando o onibus finalmente chegou, dentro dele havia um maluco proferindo improperios e usando uma cueca na cabeca. Sim, o cara tava usando uma cueca de sunguinha como se fosse uma toca.

No centro de Miami mesmo, pra qualquer lugar que se olhe, mendigos restam esparramados por todos os cantos.

Aqui ha muitos afro-descendentes tambem, o que e engracado, pois eu nunca vislumbrei os Estados Unidos como um pais com uma populacao negra tao expressiva. Fato que e agravado pelo fato de eu viver em um dos bairros mais pobres de Miami, habitado majoritariamente por negros. Nada contra, e claro.

Um outro aspecto escroto da "America" e a quantidade absurda de dinheiro que se gasta aqui com comida, digo "comida", quando nao se esta com fome. Em todas as ruas tu vai ver um, se nao mais, McTrouxa, um Trouxa King, um Dunkin' Trouxa, entre outros de uma "infinidade sem fim" de fornecedores de comida lixo (junk food). E so isso que os caras comem aqui.

So a guisa de curiosidade, por aqui o copo de refrigerante grande possui uma capacidade de 1,3 litros de refrigereante, custando apenas $ 1.99, sendo que tu pode reenche-lo quantas vezes tu quiser durante tua refeicao. Os "americanos", e claro, conseguem fazer isso, beber mais de 2 litros sozinhos, enquanto comem seu lanchinho livre de gordura trans, seja la o que isso significa.

E evidente que quando eu vou num McTrouxa da vida com outros brasileiros, nos pedimos so um copo grande desses para todo mundo, enchendo-o novamente varias vezes. Inclusive nos guardamos o copo e voltamos la para enche-lo novamente de forma graciosa. Atividade que nao pode ser criminalizada, pois praticada por latinos subempregados em estado de necessidade. Mas, enfim, com todo o dinheiro que os "americanos" gastam com "comida", quando nao estao com fome, seria possivel erradicar a pobreza mundial em poucas semanas. Serio.

Continua?!

Biscayne Blvd and NE 92 Street I

Como bem colocado por Srta. K.M. no ultimo post, de fato, no presente momento, encontro-me na meca do neo-liberalismo-capitalista-globalizante, a boa e velha terra do Tio Sam, a terra do dinheiro facil, onde todos tem a chance de enriquecer do dia para a noite sem esforco algum, segundo dizem.

Enfim, acabo de sair de uma importante reuniao com a equipe de transicao dos governos Bush-Obama. La, pleitei a liberacao de um bilhao de dolares para aplacar os efeitos da crise mundial no municipio de Gaspar. Num primeiro momento Barrack se mostrou exitante, se fez de dificil, disse que ia pensar, mas no fim acabou concordando e determinou a liberacao do dinheiro.

Parte desse dinheiro, algo em torno de 10%, sera destinada a construcao do anel viario, que incluira uma via expressa que cruzara a cidade e um nova ponte que ligara o municipio a BR-470. A via expressa se chamara Avenida Deputado Joseph Van Maia. A ponte, por sua vez, sera intitulada Ponte Desembargador Macale, ambas homenagearam duas das mais ilustres figuras da cidade, que em muito contribuiram para o seu atual estado de desenvolvimento e qualidade de vida.

O restante do dinheiro sera destinado a uma conta conjunta que mantenho com Srta. K.M. para custear pequenos gastos do dia-a-dia, como carros de luxo, coberturas de frente para o mar e viagens ao redor do mundo.