quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Habeas Corpus et Pecuniam!

Ainda com relação ao resultado do Exame de (des)Ordem 2009-2, acabam de me contar uma parada muito louca. Inacreditável, eu diria.

Em que pese os mais de 80% de reprovação nas provas da OAB, The Door passou na 1ª fase, acertando, pasmem, 59 questões.

Sim, não saber quem leva os processos que vão para o Tribunal ou que não existe concurso para Desembargador, não foi empecilho para The Door ser aprovada no mesmo Exame de Ordem que eu.

Agora eu vejo, a prova não prova nada.

The Door, caso eu ainda não tenha mencionado expressamente neste blog, é uma gasparense burra e chata pracaraleo que estudava e se formou comigo. Características essas, que lhe renderam o apelido de The Door (A Porta).

Ainda no início do curso, durante uma aula de Direito Constitucional, o professor estava falando sobre o duplo grau de jurisdição. Para exemplificar, teceu comentários sobre um hipotético caso em que um cidadão é condenado, em um processo criminal, a uma pena privativa de liberdade. O professor então explicou, que nesse caso hipotético, a legislação em vigor autorizaria o réu a apelar dessa decisão, objetivando sua reforma. Hipótese na qual os autos seriam remetidos ao Tribunal de Justiça, órgão competente para julgar esse tipo de recurso.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina fica Ilha da Agonia, capital do estado.

Qualquer pessoa minimamente inteligente, mesmo que alheia ao expediente forense, suporia que quem leva um processo para o Tribunal é o carteiro.

Mas não The Door, que há vários meses já trabalhava em uma merda de fórum.

Desta forma, quando o professor acabou de relatar o hipotético caso, The Door levanta e acena freneticamente sua mãozinha gorducha no ar.

"Pois não?", o professor indaga-a.

"Mas quem leva o processo pro Tribunal quando alguém recorre?", perguntou The Door.

"O réu. Deve ser a porra do réu condenado que leva o processo pra Florianópolis", o professor deveria ter respondido. Mas não, ele era um homem de classe, e apenas fez uma cara de quem não acreditara no que acabara de ouvir e soltou um: "Os Correios. O processo vai pelo Correio".

"Ah", disse The Door, feliz por ter sanado sua dúvida.

Em outra oportunidade, o mesmo professor estava tecendo comentários sobre a carreira da magistratura, na qual um cidadão formado em direito faz concurso pra juiz e, caso tenha um "QI" muito alto, após algum tempo ele é convidado a ingressar o Monte Olimpo, habitado somente pelos semi-deuses do judiciário catarinense, os desembargadores, e suas respectivas recepcionistas.

The Door, então, mais uma vez agita sua mãozinha gorducha no ar.

"Sim?", disse o professor, dirigindo-se a ela.

"Mas não dá pra fazer concurso para ser desembargador?", perguntou The Door.

"Claro que não cacete. Não ouvistes o que eu acabei de dizer? Não lestes a porcaria da Constituição?", o professor deveria ter respondido. Mas não, ele era um homem de classe, e apenas fez uma cara de quem não acreditara no que acabara de ouvir e soltou um: "Não. Não existe previsão para concurso para Desembargador na Constituição."

"Ah", disse The Door, feliz por ter sanado sua dúvida.

Ainda em outra oportunidade, isso quando eu ainda trabalhava no mesmo Fórum que The Door, mas em departamentos distintos. A mesa onde eu trabalhava ficava ao lado da mesa de Roxo Grande. Nisso, toca o telefone. Era a The Door. Roxo Grande, por algum motivo, tem um afeto muito grande por The Door. Segundo ele, The Door é "muito esforçada" e isso compensaria o fato dela ser uma completa escrota.

Mas enfim, The Door estava com problemas com seu computador. O correto é que ela tivesse ligado para Monk, responsável pelos pepinos de informática do Fórum. Mas Monk era notório por sua "simpatia", quando lidando com idiotas e seus problemas com o computador. E é por isso que ela sempre ligava para Roxo Grande, que vivia lhe dando "trela".

The Door relatou seu problema, parece que não conseguia se logar no sistema, ou qualquer coisa do tipo. Inteligentemente, antes de qualquer coisa, Roxo Grande recomendou que ela reiniciasse seu computador. Caso isso não funcionasse, mandou que ela lhe ligasse novamente. Roxo Grande despediu-se e, gentilmente, como lhe é peculiar, colocou o telefone de volta no gancho.

Três segundo se passam e o telefone toca. Roxo Grande atende, era The Door novamente:

- Como se reinicia o computador?

"AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!! SOCORRO!!!!!!!!!!!!!!!!!!", Roxo Grande deveria ter respondido. Mas não, ele é um homem educado. Muito educado. Educado demais, eu diria...

Enfim, eu poderia ficar horas relatando os causos de The Door, mas acredito que você já tenha sacado o quão tansa ela é. Fato este que não a impediu de obter um diploma de baixaria em Direito, exatamente o mesmo que eu possuo. E, igualmente, não a impediu de obter aprovação na mesma prova que eu.

A conclusão a que se chega, considerando o índice de mais de 80% de reprovação no exame de ordem, é que The Door é mais inteligente que 80% dos baixarias em direito brasileiro. Ou seja, estudantes de direito são burros, muito burros, burros pracaraleo.

2 comentários:

Anônimo disse...

The Door, vc ultrapassa o limite da burrice.

Anônimo disse...

Se a buceta dela for bem menor que uma porta, mas bem menor mesmo, tu vai vê ela vencê na vida prá caráiô.
Hpê.