Quando o sol começa a ser por em Gaspar, as ruas desta cidade são tomadas por maloqueiros vagabundos. As maiores aglomerações desses patifes são naquele local denominado "quadrinha", ao lado do Colégio Honório Miranda, e na "pracinha", conhecida pelas pessoas de bem como Praça Getúlio Vargas, defronte a prefeitura.
Ou estão andando de skate, ou enchendo a caveira, ou vagabundeando, olhando ameassadoramente para os transeuntes.
Em qualquer um desses lugares, após as 18 horas, se tu jogar uma granada, só se perde a granda.
E o pior é que logo ali fica a maior praça bancária do estado. Logo, se tu for sacar um dinheirinho no início da noite, corres o risco de ser moralmente sodomizados por esses pilantras.
E mesmo que eles não lhe façam nada, só sua presença já é uma afronta, não só às pessoas de bem, mas também ao estado democrático de direito.
Eles ficam ali, longas horas vagabundeando, em total confronto com o ordenamento jurídico nacional, haja vista que referida conduta é criminalizada pelo artigo 59 da Lei das Contravenções Penais (DEL. 3688 de 1941), verbis:
Art. 59. Entregar-se alguem habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita: Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses.
Por óbvio, se as autoridades gasparenses cumprissem seus papeis de autoridades, com certeza faltariam vagas no presídio regional para apenar tantos criminosos.
Infelizmente, nosso efetivo policial prefere ficar passeando por ai em suas viaturas tunadas. Com seus braços peludos para fora da janela aberta, de baga na mulherada, enquanto a população trabalhadora e pagadora de impostos fica a merce dos bandidos.
Lembro-me com saudosismo de minha infância, quando, dia ou noite, podia-se andar tranqüilamente pelas ruas de Gaspar, sem medo de ser alvo da ação de bilontras. Tempo em que as pessoas iam à pracinha para conversar com os amigos após um longo dia de trabalho. Me lembro que os tópicos eram sempre sobre a atual conjuntura politico-economica da nação. Os atuais freqüentadores, em compensação, com certeza não possuem cerébro o suficiente para conversar sobre outra coisa, que não formas de satisfazer facilmente sua lascivia, ou perpetuar eternamente sua embriaguez.
Bons tempos em que Gaspar era o coração do Vale, e o cancioneiro popular declamava:
Entre montanhas tu estás cidade amiga,
Pequena e bela como um sonho eu te vi,
Teu céu azul iluminando o espaco,
Tingindo as águas transparentes do Itajaí.
Teus verdes campos enobrecem a paisagem,
Teu povo alegre te conduz numa canção,
És o berço do imigrante que transforma,
O teu regaço em uma longa oração.
(Estribilho)
Salve Gaspar, terra de alegria,
Teus filhos jamais se esquecem de ti,
És a luz que ilumina noite e dia
O grande belo Vale do Itajaí (grifou-se)
Bons tempos...
Segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais Viva Gaspar, a explicação para esse fenômeno reside na forte corrente imigracional advinda do Paraná para Santa Catarina. De acordo com os especialista, o Paraná é o maior fornecedor de marginais das Americas. Estima-se que, dois em cada dois paranaenses praticam ilícitos penais contumazmente. Pelas conclusões do estudo, 65% das atividades criminosas em terras catarinense envolvem paranaenses. Os outros 35% são praticados por descendentes de paranaenses nascidos no estado.
O estudo termina com uma triste constatação: a única forma de acabar de vez com a criminalidade no estado de Santa Catarina, seria a construção de um muro ao longo da fronteira com o Paraná e, é claro, o extermínio de todos aqueles que carreguem os malvados genes paranaenses dentro de nossas fronteiras.
Mas chega por hoje, outro dia falo mais sobre esse assunto de segurança estadual...
Um comentário:
"o Paraná é o maior fornecedor de marginais das Americas"
Tivesse que ler a veja da semana para chegar a essa conclusao?
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