terça-feira, 22 de julho de 2008

Um Gasparense em Piratuba


A fim de espairecer um pouco, no último final de semana embarquei no carro com minha amásia Srta. K.M., e partimos em uma segunda lua de mel. Nosso destino? Piratuba-SC.

Saímos ali pela meia noite e chegamos em Piratuba no início da manhã seguinte. Algo em torno de 6-7 horas de viagem.

Para quem não sabe, Piratuba é uma pequena cidade no meio oeste catarinense, na divisa com o Rio Grande do Sul. Famosa por suas águas termais, que jorram da terra à 38 graus centigrados, é destino de turistas do mundo inteiro.

Piratuba, ao contrário de Gaspar, é uma cidade muito bonita e agradável. Tudo muito limpo, todos muito simpáticos, e, pasmem, todas as funções subalternas eram exercidas por legítimos catarinenses ou gauchos, e não por paranaenses mal encarados. Da mesma forma, os poucos paranaenses que vi estavam lá, a priori, à turismo e não para praticar ilícitos penais.

Nosso dia começava cedo, pelas 7:30-8 horas, quando acordavamos para ir tomar o café. Comiamos pra caralho.

Em seguida, nos dirigiamos para as piscinas de águas termais, que ficavam à poucos metros do hotel. E lá ficavamos por horas, cozinhando em águas quentes, relaxando e tentando esquecer da miserável vida que nos esperava ansiosa em Gaspar.

Ali pelas 11:30, voltavamos para o hotel, tomavamos um banho rápido e iamos para o almoço. Comiamos pra caralho.

Estufados, ficavamos de bobeira no quarto por algumas horas; jogavamos um tênis de mesa; ficavamos no saguão do hotel pagando uma de bacana...

Descansados, retornavamos para as piscinas de águas termais, e lá ficavamos até o fim do dia...

Quando o sol começava a ser por no horizonte, voltavamos para o hotel e pegavamos uma sauninha...

Exaustos, porém cheios de vida, iamos para nossos quartos e tomavamos um banhozinho...

Às 19:30, a janta era servida. Comiamos pra caralho.

Esturricados, iamos para o mercado e compravamos refrigerante, gelo e cachaça. Juntamente com "a galera", iamos para o apto 405 e enchiamos a caveira, enquanto jogavamos "dorminhoco" e "c, s, composta". Durante a jogatina, que se estendia pela madrugada, as prendas eram sempre beber doses puras de cana. Alternativamente, para o único participante que não bebia, este era obrigado a tomar uma dose de "água termal", que além de ruim, causava fortes caganeiras...

E assim, repetimos essa "rotina" por alguns dias. Viviamos como reis, tentando não lembrar que segunda-feira o sonho de fadas acabaria, e retornariamos para nossas vidinhas patéticas, sentandos na frente de computadores o dia inteiro, esperando ansiosos pelo fim de mais um turno de trabalho, esperando a morte chegar lenta e dolorosamente.

Ao contrário da vida que normalmente levamos, em Piratuba o dia não era longo o suficiente para se fazer tudo que se quer; acordavamos cedo e dormiamos ansiosos pelo novo dia; as manhãs eram ensolarados; comiamos e não precisavamos lavar a louça; dormiamos, saíamos e quando voltavamos, como se fosse mágica, nossos quartos estavam arrumados e cheirosos; não tinhamos preocupações, nem computadores, nem caixas de e-mails; viviamos a vida em sua total plenitude...

Algumas fotos que tirei na pequena Piratuba:



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01 - Enchendo a pança; 02 - quarto após uma noite de jogatina e enchição de caveira; 03 - parte do saguão do hotel ; 04, 05 e 06 - piscinas termais; 07 - vista do meu quarto; 08 - hotel em que ficamos hospedados; 09 - vista do outro lado do hotel; 10 - negócio de boliche nas dependências do hotel.

Ps.: Caso haja interesse, possuo as fotos acima, e muitas outras de Piratuba, em resolução original.

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