Dicas de moda para Advogados

"Não julgue o livro pela capa", reza o adágio popular, mas eu digo: não julgue o advogado pela casca.

Veja que advogados, de uma maneira geral, são vermes desprezíveis, seres medíocres, cuja única preocupação é se perfazer, nunca se preocupando em estudar a lei, a doutrina ou a jurisprudência.

Assim, esses indivíduos se valem de expedientes escusos para compensar sua mediocridade jurídica e enganar os incautos, notadamente pelo uso de gravatas de seda, camisas bem passadas e topetes elaborados. Diariamente, pode-se vê-los desfilando pelos corredores do Judiciário, trajando ternos risca de giz e sapatos moccasins. Num mundo onde nada além da aparência importa, eles acabam atingindo os fins colimados e arrancando suspiros dos desavisados.

Qualquer um que tente se passar por advogado sem se utilizar dos artifícios mencionados, será execrado por populares revoltosos: "um cara de tênis, camiseta e calça jeans se dizendo advogado? Chamem o Conselho de Ética da OAB e a Santa Inquisição, pois se trata, sem sombra de dúvidas, de um falsário, de um embuste!"

E pouco importa se você já leu mais de um único livro na vida ou acompanha a jurisprudência do TJSC, a única diferença entre um homem ordinário e inculto de um advogado de primeira grandeza é um terno maneiro. Até porque, é mais fácil andar por ai fantasiado de futuro-ministro-do-stf do que ler um livro...

Desta forma, na infelicidade de algum dia você precisar contratar os serviços de um devogado, não se deixe enganar por sobrenomes pomposos, barbas bem feitas e sapatos lustrosos; prefira um profissional que, pelo menos, tenha frequentado as aulas enquanto estava na faculdade...