Raycca de Oliveira e Carlos Bazuka

Eu não vejo televisão, nem leio notícias nos "portais" da internet, no entanto, segundo me parece, o grande frisson jornalístico do momento é o "Caso Bruno", no qual um jovem marginal jogador de futebol engravidou uma vadia moça, e, a fim de evitar a incidência do odiado instituto da Pensão Alimentícia, resolveu matá-la.

Grande erro, diga-se de passagem. Se ele fosse cliente do Trololó Advogados Inc, do qual sou sócio vice-sub-gerente, teria sido melhor orientado.

Mas enfim, para justificar a gravidez da moça retro-mencionada, Bruno teria alegado que a camisinha estourou. Cara, desde os tempos mais primórdio, essa deve ser a desculpa chavão mais esfarrapada para justificar uma gravidez indesejada. Com toda a tecnologia envolvida na fabricação do latex, a quem ele pretende enganar com essa lorota de meia tijela? Eu só posso imaginar uma única situação que ensejaria o rompimento de uma camisinha: um membro de proporções kid-bengalescas + um útero tão seco quanto o deserto do atacama. Não me parecendo ser o presente caso.

Ressalta-se a desnecessidade de qualquer procedimento jurídico neste assassínio, eis que os especialistas da Revista Verdades Absolutas Veja já senteciaram o pobre rapazote como culpado, condenando-o à pena capital.

Alias, aproveitando o frisson, com fins ditatico-pedagógicos, baixei aleatoriamente uma das cenas protagonizadas pela moça, eis que atriz de filmes pornográficos jurídicos, e, para a minha surpresa, tive a oportunidade de vê-la contracenando com o grande mestre Carlos Bazuka. Em que pese a brilhante atuação do mestre, não consegui ver nem dois minutos da cena, pois a trilha sonora era altamente broxante.